Por isso, exigem uma mudança de rumo nas políticas seguidas e a adopção de uma estratégia de desenvolvimento.
A posição da CGTP, a que a agência «Lusa» teve acesso, surge na sequência da Conferência sobre Emprego na Europa: Perspectivas e Prioridades, que começa esta segunda-feira em Lisboa, no âmbito da presidência portuguesa da União Europeia, e na qual se irá reflectir sobre os 10 anos da Estratégia Europeia para o Emprego.
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«Em vez do prometido aumento do emprego, o que se verificou foi o aumento do desemprego para níveis dos mais elevados das últimas duas décadas, um forte aumento da precariedade do emprego e reduzidos progressos na aprendizagem ao longo da vida», refere a nota da CGTP.
Salientando que «este não é seguramente o caminho que o país precisa para sair da grave situação económica e social em que se encontra», a central sindical reclama «uma mudança de rumo das políticas seguidas e a adopção de uma estratégia de desenvolvimento que rompa com o modelo de produção baseado em mão-de-obra barata, pouco qualificada e precária».
Impõe uma estratégia que articule o crescimento económico com o progresso social: prioridade ao sector produtivo, ao emprego e aos salários; dinamização da contratação colectiva e valorização dos direitos dos trabalhadores; concretização de políticas sociais avançadas que reduzam as desigualdades sociais.
A CGTP sustenta, ainda, que a taxa de desemprego é mais elevada em 2007 que em 1998, fazendo com que Portugal seja o quinto país da União Europeia com a taxa mais elevada (8,3 por cento em Agosto), ultrapassando pela primeira vez, em duas décadas, a Espanha.
Também a precariedade do emprego cresceu 46 por cento em relação a 1998, tendo a percentagem de contratos não permanentes passado de 17,2 por cento, em 1998, para 20,6 por cento, em 2006, prossegue a central liderada por Manuel Carvalho da Silva.
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