A turbulência que desde Agosto se instalou nos mercados financeiros está a criar dilemas a quem tem aplicações financeiras, optando alguns por se desfazerem delas em condições pouco favoráveis, cita o jornal «Público».
Mas toca também quem tem poupanças, incluindo aqueles que já resgataram determinados investimentos, e que não sabem onde as aplicar.
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Os dilemas desapareceriam se existisse a percepção do fim da crise. Mas o que neste momento existe é uma grande incerteza quanto ao impacto, na economia real, da situação provocada pelos problemas com o mercado de crédito imobiliário de alto risco nos Estados Unidos, o chamado subprime.
O primeiro impacto da crise foi financeiro, gerando uma corrida à venda de acções e ao resgate de fundos de investimento, o que gerou forte correcção nas bolsas, falta de liquidez nos mercados financeiros e forte subida nos juros. Agora começam a evidenciar-se os impactos na economia real, com aumento de desemprego e diminuição do consumo.
Em Portugal, as notícias da turbulência dos mercados geraram, como nos outros mercados, uma corrida à venda de acções, em especial das mais expostas a uma retracção da economia, e o resgate de fundos de investimento, sendo que as próprias sociedades gestoras de fundos também foram obrigados a vender activos para poderem satisfazer os pedidos de resgate e reduzir riscos.
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