O presidente do Banif, Horácio Roque, recomendou aos portugueses a emigração como solução face ao crescimento do desemprego em Portugal. «É claro que nós temos sempre uma ajuda ao nosso desemprego que é a capacidade que os portugueses têm de emigrarem e se fixarem lá fora», explica o banqueiro em entrevista ao jornal «Público».
Em relação à subida das taxas de juro, o maior accionista do Banif revela que a economia portuguesa ainda vai sofrer devido ao «grande endividamento, público e privado, que irá reflectir-se na economia». O impacto desta subida irá atingir os bancos devido à «falta de cumprimento por parte dos devedores».
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Horário Roque faz um balanço positivo do que ano que agora acaba: foi «muito importante» para o Banif; «desenvolvemos a área do crédito ao consumo e, para isso, tivemos de reforçar os nossos capitais próprios em 320 milhões de euros». Após ter comprado o Banco Mais, o banqueiro espera agora autorização para avançar para a aquisição da seguradora Global.
O banqueiro fala ainda sobre a estratégia de internacionalização do Banif e sublinha a importância do mercado espanhol onde o grupo investiu no Banca Poeyo (33,3%) e no Bankpime (27,5%).
Caso BPP e possível compra do BPN
O arrastar de uma solução para o caso BPP é visto com «grande tristeza» por parte do banqueiro que avalia o caso como prejudicial para a imagem do sector. «O sector bancário sempre foi muito bem comportado e de um momento para o outro isto começou tudo a descambar: foram os problemas do BCP, depois do BPN e depois o BPP».
Sobre uma possível compra do BPN, Horácio Roque sublinha que não quer «especular»: «Eles é que querem vender e têm de apresentar as condições», disse ainda em entrevista ao jornal «Público», acrescentando que para o Banif a «marcar BPN não vale nada», o que pode valer é a sua rede de balcões e só interessa se for vendida «limpa»».
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