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Vendas de carros deverão travar até ao final do ano (fotos)

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Vendas prometem estagnar até ao final do ano, agravando a situação do sector. Junho foi um mês atípico, com 148 mil carros vendidos.

Depois de uma subida de quase 27% durante o mês de Junho, o mercado automóvel português deve terminar 2007 com uma subida que não deverá ultrapassar os 1,1%. Os próximos meses, dizem as contas da ACAP, vão ser difíceis para o sector.

«Vendemos até Junho tudo o que seria vendido até ao final do ano», explica Hélder Costa, secretário-geral da ACAP, ao «Diário Económico». «Até ao final do ano, as vendas vão estagnar ou mesmo cair em comparação com o ano passado».

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Nos primeiros seis meses de 2007 foram vendidos 148.103 unidades, um valor que compara com um total de 194.864 de unidades vendidas nos doze meses de 2006.

Os números registados no mês de Junho foram resultado de uma antecipação do novo imposto automóvel, principalmente face às categorias que serão mais afectadas, nomeadamente os veículos comerciais e «pick-ups». As vendas dos modelos comerciais duplicaram.

Com a nova fiscalidade automóvel, o mercado português deverá manter a recuperação lenta que iniciou em 2003, depois do «pico da crise». As frotas das empresas têm sido as principais responsáveis por esta melhoria dos resultados, de acordo com a ACAP.

Mas o problema mantém-se. O mesmo responsável diz que Portugal tem a terceira carga fiscal mais elevada da União Europeia e que a harmonização em termos da fiscalidade automóvel teria que ultrapassar os critérios e englobar o valor das taxas.

E enquanto o Governo português mantém impostos elevados em nome de necessidades orçamentais, está a manter regras favoráveis à crescente entrada de carros importados, defende o secretário-geral da ACAP.

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A contradição é reforçada na questão ambiental, uma vez que os veículos importados, que já representam 22,5% dos carros «novos» no parque automóvel português, têm mais de seis anos e altas cilindradas: sinónimo de altos níveis de emissões de CO2.

O secretário-geral da ACAP refere ainda os custos de desmantelamento dos carros em fim de vida, que acaba por ser transferido dos países exportadores para Portugal.

A Holanda é o único país em que o consumidor paga um valor para o «enterro» do seu carro: um «eco valor» correspondente a 70 euros. Nos restantes países, o elevado preço do metal tem permitido que esse valor seja nulo para o consumidor.

Mazda foi a que mais cresceu

Em Junho, a japonesa Mazda vendeu mais 282% do que em igual período de 2006. Um valor recorde que veio «engordar» os resultados do primeiro semestre: mais 72,8% de vendas (3.800 unidades) e um acréscimo de 1% na quota de mercado.

A gama Mazda 5 (crescimento homólogo de 162.5% ) foi fundamental para estes números.

Jorge Natário, director de relações públicas da Mazda, assume que «qualquer análise do sector automóvel (sobretudo em Junho) não é possível dissociar o efeito fiscal de antecipação de matrículas nos veículos que seriam penalizados».

Veja as fotografias da gama Mazda em cima

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