A descida da inflação já era esperada pela maioria dos economistas, que ainda assim afastaram um cenário de deflação.
De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), em Junho, a taxa de inflação homóloga foi negativa em 1,6%. A variação mensal dos preços foi de 0,1%.
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O economista-chefe do BES, Carlos Andrade, revela à Lusa que esta era «a trajectória esperada», sendo que «a taxa de inflação está neste momento no ponto mais vincado» dessa quebra dos preços.
«Isto explica-se porque há um ano atrás os preços dos combustíveis estavam nos níveis máximos, mas também reflecte o período recessivo que a economia portuguesa está a atravessar», lembrou.
O responsável sublinhou que o risco da deflação está presente e que, por isso, não se devem abandonar as politicas de estímulo monetárias e orçamentais.
«Estamos, obviamente, com uma quebra dos preços que se deverá prolongar por mais alguns meses, mas, verdadeiramente, não temos nenhuma quebra generalizada dos preços e esperemos que não seja também sustentada no tempo», advogou.
Para Carlos Andrade «o risco está lá e não deve ser menosprezado, motivo pelo qual julgo que há razões para manter ainda uma politica monetária mais expansionista».
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