Manuel Dias Loureiro, ex-administrador da Sociedade Lusa de Negócios (SLN), que detinha o Banco Português de Negócios (BPN), está disponível para prestar mais esclarecimentos no Parlamento, perante a comissão de inquérito que investiga o que se passou no banco, entretanto nacionalizado.
Esta é a resposta do também ex-ministro à notícia publicada este sábado pelo «Expresso», segundo a qual o mesmo teria mentido aos deputados quando afirmou desconhecer o «Excelence Assets Fund».
PUB
Dias Loureiro afirma, em declarações à Rádio Renascença, que não mentiu, até porque sempre assumiu que foi usado um veículo off-shore no negócio de Porto Rico.
Dias Loureiro lembrou ainda que tudo se passou há vários nos e que não mantém nenhum arquivo sobre o que se passou.
O conselheiro de Estado garante: «Nãoo faltei à verdade, disse tudo o que me lembrava».
O responsável adianta ainda ter já deixado um recado no telemóvel de Maria de Belém Roseira, a presidente da comissão de inquérito, a manifestar a sua disponibilidade. Quanto aos documentos revelados pelo «Expresso», Dias Loureiro admite que sejam verdadeiros, já que têm a sua assinatura.
PS promete não inviabilizar nova audição
O coordenador dos deputados socialistas que integram a comissão parlamentar de inquérito ao caso BPN disse, este sábado, à TSF, que o PS ainda não tomou qualquer decisão em relação à possibilidade de voltar a chamar Dias Loureiro à comissão.
Mas assegura que os socialistas não vão inviabilizar essa ida, caso outro partido tome a iniciativa.
Cavaco mantém confiança no conselheiro de Estado
Confrontado com estas notícias, o Presidente da República, Cavaco Silva, afirmou, citado também pela TSF, que já falou sobre o caso BPN, considerando que «é suficiente», e garante que mantém a confiança no seu conselheiro de Estado, Dias Loureiro.
PUB