Uma espécie de minhoca de 30 cm de comprimento, que vivia no fundo do mar há 565 milhões de anos, pode ter sido o primeiro ser vivo a praticar sexo, segundo um estudo publicado sexta-feira na revista «Science».
A paleontóloga da Universidade da California Riverside, Mary Droser, e a sua equipa argumentam que o ecossistema da Terra já era complexo muito antes do que se pensava, ainda na Era Neoproterozóica, quando começaram a aparecer os primeiros organismos multicelulares.
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A paleontóloga encontrou fósseis da minhoca «Funisia dorothea» no deserto no sul da Austrália, que demonstram que o organismo tubular tinha vários meios de crescer e de se reproduzir, similares às estratégias usadas pela maioria dos organismos invertebrados para reprodução actualmente.
Até hoje acreditava-se que os primeiros organismos multicelulares eram simples, e que as estratégias actuais usadas pelos animais para sobreviver, reproduzir e crescer só teriam aparecido bem depois.
«O modo como a «Funisia» aparece nos fósseis mostra claramente que os ecossistemas eram complexos desde muito cedo na história dos animais na Terra», afirmou Mary Droser, citada na edição de sexta-feira do «Folha-online», salientando que «na «Funisia» estamos muito provavelmente vendo reprodução sexual num antigo ecossistema, possivelmente a primeira ocorrência de reprodução sexual entre animais no nosso planeta».
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