A Associação Internacional de Transporte Aéreo (IATA) criticou, esta segunda-feira, duramente os governos europeus pela gestão da crise provocada pela erupção do vulcão na Islândia e pediu mudanças no processo de tomada de decisões.
«Nós já fomos suficientemente longe nesta crise para expressar o nosso descontentamento em relação às decisões tomadas pelos governos, que não analisaram os riscos, e denotaram uma falta de coordenação e liderança», disse o director geral da IATA, Giobanni Bisignani.
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O responsável pela IATA recordou que as limitações ao tráfego aéreo criaram uma «caos sem precedentes», com perdas de receitas para a aviação na ordem dos 200 milhões de dólares por dia (cerca de 148 milhões de euros), enquanto que a «economia europeia regista também milhões de euros em prejuízos».
Polémica entre companhias aéreas e Governo alemão
A polémica entre as companhias de aviação e as autoridades alemãs em torno do encerramento do espaço aéreo agudizou-se esta segunda-feira. O chefe da Lufthansa, Wolfgang Mayerhuber, considerou a decisão «injustificada», atacando directamente o ministro dos Transportes.
Em declarações à televisão pública ZDF, Mayerhuber alegou que várias transportadoras, incluindo a Lufthansa, fizeram voos de teste e chegaram à conclusão que a nuvem vulcânica oriunda da Islândia se diluiu entretanto na estratosfera, «e já não representa qualquer perigo» para os reactores das aeronaves.
O gestor garantiu que a Lufthansa «nunca irá correr riscos», mas afirmou que considera possível reatar o tráfego aéreo na Europa, «talvez com algumas limitações».
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