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Chávez culpa EUA de conflitos na Venezuela

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acusou hoje os Estados Unidos de impulsionarem os distúrbios que têm ocorrido no seu país, na sua intervenção na Cimeira Ibero-Americana, em Santiago do Chile.

«Vi uma notícia a dizer que os EUA classificam de espantosos os distúrbios na Venezuela. Tal qual o golpe de Abril de 2002, eles promoveram o golpe, impulsionaram-no (...) e culparam-nos a nós. E estão agora a fazer uma nova arremetida fascista», acusou Chávez.

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Para o presidente da Venezuela, o que está por trás dos conflitos verificados no país nos últimos dias «é a horrível cara do fascismo, da oligarquia».

Num discurso de mais de 15 minutos - o protocolo prevê apenas cinco minutos a cada chefe de Estado e de Governo -, Chávez congratulou-se com a mudança do «mapa político» da região e lembrou a primeira cimeira em que participou, há quase dez anos.

«Nessa altura, estas cimeiras eram um tributo ao neo-liberalismo, ao consenso de Washington», disse, recordando a sua primeira intervenção numa cimeira e a nota que lhe foi deixada no final pelo líder cubano, Fidel Castro.

«Sinto que já não sou o único diabo nestas cimeiras», terá dito o líder cubano nessa ocasião.

Sobre estas cimeiras, Hugo Chávez recordou o ex-presidente do Governo espanhol José Maria Aznar, a quem chamou de «fascista».

«Era um fascista, um verdadeiro fascista», disse.

Na sua intervenção, Chávez justificou ainda o fecho dos canais privados de televisão na Venezuela, dizendo que não se tratou de um encerramento mas da não renovação da concessão por terem «apoiado o golpe de Estado» contra si.

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Por isso, o presidente da Venezuela propôs uma televisão da América do Sul, a «Telesul», uma aliança que quer ver estendida a outros domínios.

«Telesul, Petrosul, Banco do Sul», propôs.

Hugo Chávez fez uma menção no seu discurso ao primeiro-ministro português, José Sócrates, e ao Presidente da República, Cavaco Silva, apelando para uma verdadeira coesão da América Latina, independentemente das diferenças ideológicas e políticas entre cada Estado.

«Não vou pedir ao rei de Espanha que declare uma monarquia socialista, não, cada um tem o seu sistema, cada um tem o seu ritmo, como Sócrates, como Cavaco. Agora, unamo-nos, avancemos de verdade», apelou, numa intervenção aplaudida por alguns homólogos ibero-americanos.

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