A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil lançou quarta-feira uma ofensiva contra o aborto consagrando a sua campanha actual de 2008 «à defesa da vida». «Defender e promover a vida humana, desde a concepção até à morte natural», é o alvo da nova campanha, sublinhou Conferência.
Um dos objectivos da Conferência é impedir o Parlamento brasileiro de aprovar uma legislação mais permissiva sobre o aborto numa altura em que estão a ser examinados diversos projectos neste sentido.
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Actualmente, a interrupção voluntária da gravidez só é autorizada em caso de risco de morte para a mãe ou quando a gravidez resulta de uma violação. O governo aposta numa política de prevenção das gravidezes não desejadas com a distribuição gratuita de preservativos e da pílula do dia seguinte.
O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, defendera há um ano a organização de um referendo sobre a despenalização do aborto. Milhares de mulheres brasileiras morrem todos os anos vítimas de abortos clandestinos.
«Enquanto cidadão sou contra o aborto. Mas enquanto chefe de Estado, sou a favor de que o aborto seja considerado como um caso de saúde pública» sublinhara o presidente Luiz Inacio Lula da Silva à época.
Cerca de um milhão de abortos clandestinos são efectuados no Brasil todos os anos, segundo a Federação Internacional do Planeamento Familiar. Em Maio, durante a sua viagem ao Brasil, o papa Bento XVI condenou o aborto defendendo «o respeito da vida desde a sua concepção até ao seu declínio natural».
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