Um delegado do Ministério Público brasileiro, que pediu a retirada de uma criança a um casal em que um dos cônjuges é transsexual, alega que as famílias gay «fogem do padrão normal», noticia o site o globo.
O caso gerou uma onda de solidariedade em São José do Rio Preto, cidade onde o delegado exerce funções na Vara e Infância da Juventude, ao ponto de cerca de 70 pessoas terem protestado em frente ao Fórum local a pedir que a guarda da criança volte a ser confiada à transsexual Roberta Goés Luiz, de 30 anos, e ao seu companheiro.
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«Passei por três avaliações psicossociais que me foram favoráveis. Tenho casa própria, uma família estruturada - estou com o meu companheiro há seis anos - e trabalho. Mas para o Ministério Público isso não é «normal» e não estou apta a cuidar do bebé. Isto é preconceito. Não há outra explicação. Mas não vou desistir. Eu quero o meu filho de volta», disse Roberta.
No pedido feito ao tribunal, o delegado alega que a criança não pode conviver com um casal «anormal». Segundo ele, a Justiça deve procurar «a família mais perfeita possível» nos processos de adopção.
Numa entrevista ao jornal Diário de São Paulo, citada por o globo, o delegado negou ter sido preconceituoso no pedido de retirada da guarda da criança. Segundo ele, «se a situação foge à regra é anormal».
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