As autoridades eleitorais venezuelanas tentaram, hoje, condicionar os movimentos da missão de observação do Partido Popular Europeu, denunciou o eurodeputado social-democrata, Sérgio Marques, à Lusa.
«Quiseram impor-nos algum condicionamento quanto a mesas e secções de voto a visitar. Queriam impor-nos rotas pré-estabelecidas, coisa que nós não aceitávamos, em termos de missão eleitoral», disse à agência Lusa.
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Segundo o eurodeputado, «isso foi ultrapassado, e, neste momento, temos toda a liberdade para circular-mos pelas mesas que entender-mos». «Negociámos com o Poder Eleitoral venezuelano e reconheceram que, de facto, não podiam condicionar a nossa acção de hoje, enquanto observadores internacionais deste acto», disse.
Sérgio Marques iniciou, quarta-feira, uma visita de cinco dias a Caracas, no âmbito de uma missão partidária do Partido Popular Europeu que integra também o português Silva Peneda, dois espanhóis e um alemão.
Em declarações à agência Lusa, explicou que manteve uma série de contactos em que recolheram «informação muito útil para fazermos uma ideia precisa do que se vive actualmente em termos do momento político, social e económico na Venezuela».
Sublinhou, ainda, que não chegaram «a solicitar contactos com as entidades oficiais, com excepção do poder eleitoral, uma vez que numa outra vinda não nos receberam, também enquanto missão partidária do PPE».
Os observadores contactaram com a Conferência Episcopal Venezuelana, representantes do movimento estudantil, «que nos últimos meses têm tido um protagonismo enorme», e com o ex-ministro da Defesa Raúl Isaías Baduel, «uma recente dissidência do campo oficialista, do presidente Hugo Chávez».
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