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Alemanha: protestos em Chemnitz causam 18 feridos

Protestos juntaram 9.500 pessoas nas ruas da cidade de Chemnitz. Horas depois dos protestos, um afegão de 20 anos foi atacado por quatro homens encapuzados, segundo a polícia

O balanço do número de feridos no seguimento dos protestos contra e pró-estrangeiros realizados no sábado em Chemnitz, no leste da Alemanha, subiu para 18, incluindo três polícias, divulgou a polícia alemã.

O anterior balanço fornecido pelas autoridades dava conta de nove feridos.

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Também o número de denúncias por delitos cometidos durante os protestos subiu de 25 para 37.

A polícia informou que, horas depois dos protestos, um afegão de 20 anos foi atacado em Chemnitz por quatro homens encapuzados, e que o incidente está a ser investigado, nomeadamente se os agressores eram participantes da manifestação convocada no sábado por vários movimentos da extrema-direita e anti-imigração.

Apesar do esperado e pelo número de delitos conhecido até ao momento, a jornada foi pacífica em termos gerais”, disse a chefe da polícia de Chemnitz, Sonja Penzel, citada num comunicado.

As forças de segurança reconheceram, no entanto, que “durante e após as manifestações ocorreram situações em que a polícia teve de agir para evitar uma escalada” da violência.

No sábado, a cidade de Chemnitz recebeu duas manifestações distintas: um protesto para expressar uma postura anti-estrangeiros e uma ação para apoiar a política migratória do Governo alemão.

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Segundo as estimativas finais da polícia, e no conjunto das manifestações, pelo menos 11.000 pessoas estiveram nas ruas de Chemnitz.

A manifestação com a maior assistência foi a ação convocada por vários movimentos da direita radical, pelo partido de extrema-direita Alternativa para a Alemanha (AfD) e pelo movimento xenófobo e anti-Islão Pegida.

Também no sábado saiu à rua em Chemnitz uma ação promovida por várias associações e partidos políticos progressistas, sob o lema “O coração em vez do ódio”.

Para acompanhar as iniciativas, a polícia destacou cerca de 2.000 agentes.

Chemnitz, cidade na Saxónia, no leste da Alemanha, tem sido palco de vários protestos e confrontos na última semana.

Após a morte por esfaqueamento de um alemão e a detenção pela polícia de dois suspeitos do crime, um iraquiano e um sírio, grupos de extrema-direita lançaram no domingo passado uma “caça aos estrangeiros” nas ruas de Chemnitz.

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Hoje, o ministro dos Negócios Estrangeiros alemão, Heiko Maas, reiterou os apelos para uma mobilização da sociedade alemã, que "se deve levantar do sofá", segundo as palavras do próprio, contra o racismo e a xenofobia.

Devemos todos mostrar ao mundo que nós, os democratas, somos a maioria e que os racistas são a minoria. A maioria silenciosa deve levantar a voz", declarou o ministro, uma entrevista ao diário Bild.

Igualmente em declarações ao Bild, a ministra da Justiça alemã, a também social-democrata Katarina Barley, defendeu a abertura de uma investigação para determinar se os incidentes em Chemnitz foram planeados e organizados pela extrema-direita.

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