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FARC é «organização criminosa»

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Clara Rojas, uma das duas mulheres libertadas pelas FARC colombianas, acusou a organização de inspiração marxista de se «assemelhar a uma organização criminosa», numa conferência de imprensa realizada no dia a seguir à sua libertação, informa a agência Lusa.

«A tomada de reféns é crime contra a humanidade. Estou muito preocupada por eles dizerem que são o exército do povo e ver-se que fazem pessoas reféns», afirmou Clara Rojas.

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A ex-deputada colombiana Consuelo Gonzalez, também libertada pelas FARC numa operação coordenada pelos governos da Venezuela e Colômbia, com o apoio da Cruz Vermelha Internacional, pronunciou-se com igual severidade sobre as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia.

Não foi torturada fisicamente, mas «o simples facto de privar alguém da liberdade contra a sua vontade, de isolar essa pessoa da sua família e do mundo é condenável e só pode ser considerado como uma espécie de tortura», afirmou, na conferência de imprensa onde compareceu acompanhada pelas duas filhas.

Instada a comentar o pedido formulado sexta-feira pelo presidente venezuelano de retirar a guerrilha colombiana da lista das organizações terroristas, Consuelo Gonzalez considerou que «qualquer acção que permita avançar na procura da paz é válida».

Clara explica Emmanuel

A primeira a aparecer perante um batalhão de jornalistas com microfones e câmaras de filmar, Clara Rojas, estava acompanhada por sua mãe, Clara, e pelo irmão Ivan. Respondeu primeiro às perguntas dos jornalistas sobre o seu filho Emmanuel, nascido em cativeiro em 2004 de uma ligação consentida com um guerrilheiro.

A criança, hoje com três anos e nove meses de idade, foi separada da mãe com 11 meses de idade. Clara referiu que só em 31 de Dezembro passado tomou conhecimento através da rádio que o seu filho está actualmente albergado numa instituição social pública colombiana. «Não tenho nenhuma notícia sobre o pai da criança, nem mesmo se ele sabe que é o pai», afirmou a ex-refém, acrescentando ter recebido uma informação de que o progenitor de Emmanuel «poderá ter morrido».

Clara Rojas relata o nascimento dramático do seu filho, por cesariana com a ajuda de um enfermeiro «em condições artesanais», sob tiroteio e bombardeamentos e afirma que tenciona revê-lo dentro de «alguns dias».

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