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China diz que autonomia do Tibete não é prioritária

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Dalai Lam tinha manifestado a sua predisposição de comparecer no Jogos Olímpicos

O Governo chinês afirmou esta quinta-feira que as conversações sobre a autonomia do Tibete não são prioritárias face à reconstrução após o sismo de Sichuan, numa resposta a declarações do Dalai Lama em Londres, noticia a agência Lusa.

«Ouvimos os comentários pertinentes da parte do Dalai, mas se o seu lado quer realmente contribuir para a sua pátria mãe, deve abandonar as suas actividades separatistas, deixar de organizar e provocar actividades violentas e deixar de prejudicar os Jogos Olímpicos (JO)», afirmou Qin Gang aos jornalistas numa conferência de imprensa de rotina em Pequim.

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O Dalai Lama, líder espiritual tibetano no exílio, manifestou na quinta-feira em Londres a sua predisposição para estar presente nos JO de Pequim no próximo mês de Agosto se existirem progressos no diálogo entre os seus representantes e as autoridades chinesas sobre a autonomia do Tibete.

Mas o representante do Governo chinês mostrou que as conversações com os representantes do Dalai Lama não são prioritárias neste momento, em que a China está a recuperar do sismo que matou mais de 50 mil pessoas e deixou cinco milhões de desalojados.

«Nas circunstâncias actuais, toda a China está concentrada nas operações de assistência às vítimas do terramoto», sublinhou Qin.

Os protestos que eclodiram em Lassa, capital tibetana, em Março, resultaram na morte de 19 pessoas, segundo as autoridades chinesas, e em mais de 200 mortos na repressão chinesa para tentar deter as manifestações, de acordo com o governo tibetano no exílio.

A violência das manifestações espalhou-se às regiões chinesas vizinhas e desencadeou uma onda de manifestações pro-Tibete e contra a política de Direitos Humanos de Pequim que tentaram boicotar o percurso internacional da chama olímpica, sobretudo na sua passagem por Londres, Paris e São Francisco.

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Esta crise no Tibete a poucos meses dos JO levou a comunidade internacional a pressionar Pequim para aceitar o diálogo com representantes do Dalai Lama.

No entanto, o terramoto de Sichuan que atingiu o sudoeste da China no passado dia 12, levou a Organização dos JO a tornar mais sóbria a festa do fogo olímpico e a interromper a viagem da chama durante os três dias de luto nacional na China, transformando a cerimónia em mais um símbolo de solidariedade para com as vítimas do sismo.

O sismo de Sichuan atingiu o sudoeste da China com uma magnitude de 8 na escala de Richter e segundo o último balanço das autoridades chinesas, o violento abalo provocou 51.151 vítimas mortais, 288.431 feridos, 29.328 desaparecidos e deixou cinco milhões de pessoas sem casa.

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