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Enviados do Dalai Lama reúnem-se com representantes chineses

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Os dois emissários são esperados no domingo na cidade chinesa de Shenzhen

As conversações entre dois emissários do Dalai Lama e representantes chineses sobre a crise no Tibete decorrerão domingo, na cidade chinesa de Shenzhen, adjacente a Hong Kong, informa a agência Lusa segundo anunciou este sábado um porta-voz do líder religioso tibetano. Lodi Gyari e Kelsang Gyaltsen são esperados este sábado em Hong Kong, de onde deverão seguir para Shenzhen.

Apesar do esperado encontro, a imprensa oficial chinesa renovou este sábado os ataques contra o Dalai Lama, garantindo que a luta contra a sua «clique» não cessará. «Enquanto a clique do Dalai Lama existir, a nossa luta contra a sua clique não cessará. Devemos reforçar a nossa vigilância e não baixar a guarda», lê-se no Diário do Tibete, órgão oficial das autoridades chinesas na região autónoma.

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Na sexta-feira, Thubten Samphel, porta-voz do governo tibetano no exílio na Índia, disse que os emissários «darão conta da profunda preocupação de Sua Santidade o Dalai Lama acerca do modo como as autoridades chinesas gerem a situação (no Tibete) e farão sugestões visando trazer a paz à região».

Por seu lado, num comunicado também divulgado sexta-feira, o governo tibetano em Dharamsala, referiu que «dado que o poder chinês deu conta publicamente, assim como junto de governos estrangeiros, da sua disposição de dialogar, os emissários abordarão a questão de um avanço do processo [político] para encontrar uma solução que interesse às duas partes».

Depois de, a 25 de Abril, a China ter proposto um reinício do diálogo, apelou terça-feira ao Dalai Lama para aproveitar a oportunidade e tomar medidas para «pôr fim» à violência antes dos Jogos Olímpicos em Agosto. Pequim tem sido alvo de pressões internacionais para dialogar com o Dalai Lama e muitos acreditam que concordou com os encontros para tentar fazer diminuir a pressão antes das Olimpíadas de Agosto.

O líder espiritual dos tibetanos é acusado por Pequim de ter fomentado os tumultos de Março no Tibete e regiões vizinhas para «sabotar» os Jogos Olímpicos, acusações que o Dalai Lama sempre rejeitou com firmeza.

Pequim afirma que 22 pessoas foram mortas nos tumultos no Tibete desde 10 de Março, quando um movimento anti-China estalou em Lassa, mas os tibetanos no exílio dão conta de 203 mortos e mais de cinco mil detidos.

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