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Cancro da próstata mata 1800 portugueses por ano

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Países desenvolvidos são os mais afectados pela doença

Erik Bries contou a sua experiência pessoal sobre o cancro da próstata, durante o 23º Congresso da Associação Europeia de Urologia, em Milão, descrevendo a doença como «uma mochila às costas para toda a vida», mesmo depois de estar curado, noticia a Lusa.

Briers, a quem a totalidade da próstata foi retirada há cerca de seis anos, sublinha que a escolha era entre a vida ou o risco de ficar impotente.

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O belga anteviu para o futuro dos tratamentos o fim da castração cirúrgica, que provoca efeitos secundários e problemas psicológicos: «A impotência é imediata a nível mental porque um homem sente que fica sem uma parte de si, sem a sua masculinidade».

Isolamento social

O ex-doente citou o modelo Mastov, que retrata o ser humano como uma pirâmide, mas adaptando-o ao de um homem com cancro da próstata. A base transforma-se na impotência, perda de líbido e dores, passa pela falta de segurança na vida (trabalho) e um isolamento social, por vezes criado por outro efeito dos tratamentos, a incontinência urinária.

O belga sublinhou a necessidade de fazer escolhas, que podem até passar pelo adiamento do tratamento, recusa em conhecer o prognóstico ou não fazer qualquer tratamento. Mas após tomada a decisão, é necessário «confiar em alguém e deixar de questionar», porque a dúvida prejudica a confiança do doente.

Maioria prefere castração médica

John Anderson, especialista inglês em cancro, explicou que 78 por cento dos homens prefere a castração médica, o que implica tratamentos por via hormonal.

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O presidente da Sociedade Portuguesa de Urologia, Francisco Rolo, sublinhou ainda o peso da palavra «cancro», sobretudo quando está relacionda com o aparelho genital.

Em Portugal, são diagnosticados anualmente 1.500 novos casos e registam-se 1.800 mortes. O cancro da próstata é uma doença que afecta 30 por cento dos portugueses com idade superior a 50 anos; mais de metade dos casos são detectados demasiado tarde.

Esta doença é mais comum nos países desenvolvidos e entre a raça negra, sendo que a história familiar e a alimentação também são determinantes. Os altos índices da doença têm sido relacionados com uma dieta que integra gordura animal.

Os tratamentos actuais passam por cirurgias, radioterapia, e medicamentos hormonais ou pela vigilância activa quando o cancro ainda está numa fase inicial. Em desenvolvimento estão os bloqueadores ou antagonistas que suprimem imediatamente a síntese de testosterona nos testículos. Estas terapêuticas vão eliminar a toma de vários medicamentos e evitam os picos da hormona no início de cada administração das terapêuticas actuais que provocam um desenvolvimento do tumor.

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