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A pouco mais de uma semana do fim do programa de resgate e da data limite para o pagamento de 1.6 mil milhões ao FMI, a Grécia deu um passo em frente nas negociações e conseguiu, finalmente, agradar aos credores internacionais, que parecem também ter cedido em algumas exigências.
Na manhã desta terça-feira, o comissário europeu Pierre Moscovici reforçou a ideia otimista de a Grécia e os credores estão muito próximos de um acordo. Também esta manhã o Banco Central Europeu voltou a aumentar o financiamento de emergência à banca grega pela quarta vez em menos de uma semana. Os mercados acordaram também em alta ligeira de olhos na Grécia.
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No final da cimeira de líderes da Zona Euro, que se seguiu a um Eurogrupo, foi avançado que o mais certo é que o acordo final seja fechado numa nova reunião já marcada para esta quarta-feira, e que será apresentado na quinta. É pelo menos a vontade do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, e do presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk.
“Vamos encontrar uma solução esta semana”tem"As propostas do governo grego são um passo positivo para um acordo. Serão analisadas nas próximas horas. Uma reunião do Eurogrupo terá de encerrar o processo na quarta-feira à noite para serem apresentadas na quinta-feira de manhã", disse Donald Tusk na conferência de imprensa.
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A diretora do FMI, Christine Lagarde, também espera o acordo em dois dias. À saída da reunião, Lagarde sugeriu essa intenção, quando disse que havia “muito trabalho a fazer nas próximas 48 horas”. Uma esperança partilhada por Angela Merkel, que disse esperar que na quinta-feira já só seja preciso anunciar o acordo final. Visivelmente cansada no final da reunião, a Chanceler alemã garantiu que todos os líderes europeus concordaram com compromissos para ajudar a Grécia e que a partir de agora há muito trabalho para fazer “rapidamente”."[O governo grego] não quer uma solução parcial. Queremos uma solução completa e viável, juntamente com um pacote de crescimento", disse Tsipras.
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Sobre cenários a longo-prazo, ou um “plano B”, não foram dadas quaisquer informações. A chanceler alemã garante que não foi discutida a possibilidade de um terceiro resgate, nem a duração de uma eventual extensão ao atual programa. A questão da dívida não é uma "prioridade" para a chanceler, já que a Grécia só terá de devolver dinheiro à Zona Euro "dentro de muitos anos".
Também não foi discutida uma possível “retenção de capitais” nos bancos gregos, garantiu o presidente da Comissão Europeia, que também reiterou não ser altura para falar sobre uma reestruturação/alívio da dívida.
Da parte dos credores sabe-se apenas que o BCE prometeu continuar a ajudar a banca grega. Fonte do governo de Atenas disse, à Reuters, que a garantia foi dada pelo próprio presidente do Banco Central Europeu, Mario Draghi, ao primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, numa reunião de 30 minutos, anterior à conferência de líderes.
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Passos Coelho: "O governo grego deseja que o país fique no euro"falou à saída da cimeira
"O governo deseja rever a condicionalidade prevista para o desembolso da [última tranche do resgate] mas ainda não foi possível chegar a um acordo".
Passos Coelho reiterou, ainda, a disponibilidade de Portugal para o diálogo e para contribuir para uma solução "verdadeira" para o país.
De uma saída do euro a um acordo quase certo: as medidas chavecumpriu com 90% das exigênciasPorém, este pode apenas ser o passo final. O que realmente fez diferença foram as medidas apresentadas, à última da hora, no Eurogrupo desta manhã.
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Após cinco meses de negociações, pode ser que o governo do Syriza tenha, finalmente, conseguido uma solução que desbloqueie os 7,2 mil milhões da última tranche do resgate, que o país tanto precisa. No entanto, para o conseguir, as promessas eleitorais do fim da austeridade ainda estarão longe da concretização.
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