O Governo italiano rejeitou sexta-feira a violência em Nápoles contra acampamentos de ciganos, na sua maioria originários da Roménia, ao mesmo tempo que continua com as operações para a expulsão de estrangeiros.
O ministro do Interior, Roberto Maroni, da Liga Norte, partido aliado do primeiro-ministro, Silvio Berlusconi, qualificou de «injustificáveis» os recentes incêndios de cinco acampamentos ciganos vazios em Nápoles.
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«Pode evitar-se que a raiva prevaleça sobre as regras de convivência civil e que se repitam episódios de injustificável violência como os que ocorreram lamentavelmente em Nápoles», disse o ministro, numa alocução durante a festa do 156/o aniversário do Corpo de Polícia.
Todavia, assegurou que o Estado dará todo o apoio necessário «para melhorar a segurança» da Itália. É intenção do Governo «gerir com ordem e rigor a imigração interna e externa da União Europeia para garantir a convivência pacífica, de hoje e de amanhã, de todos os povos», acrescentou Maroni.
Enquanto Maroni pronunciava essas palavras, 11 romenos com antecedentes penais foram expulsos num voo directo para Bucareste.
Durante a noite, a capital assistiu a três controlos e operações noutros tantos acampamentos de ciganos em busca de imigrantes ilegais, onde foram detidas cinquenta pessoas que não tinham os documentos em ordem.
Tanto a violência vivida em Nápoles como o anúncio e a expulsão dos imigrantes que estão em Itália de forma ilegal ocorreram mal Berlusconi chegou ao poder. Berlusconi e os seus parceiros fizeram da perseguição da pequena delinquência e da imigração ilegal uma das principais bandeiras na sua recente campanha eleitoral e, depois, no seu programa de Governo para esta legislatura.
O primeiro-ministro anunciou que no próximo dia 21 o Conselho de Ministros aprovará um decreto-lei sobre segurança pública e luta contra a imigração ilegal.
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