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O procurador de Marselha, Brice Robin, revelou, esta quinta-feira, em conferência de imprensa, que o copiloto foi o responsável pelo acidente com o avião da GermanWings. O procurador explicou que a decisão de quebrar a barreira de segurança, ao carregar no botão que baixa a altitude do avião, foi um «ato voluntário» que indica que o copiloto teve a intenção de provocar o acidente.
«Isto pode ser visto como uma vontade para destruir o avião», disse Brice Robin.
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O procurador conta que a cadeia de acontecimentos trágicos começou quando o comandante saiu da cabine e pediu ao jovem copiloto, com pouco mais de 600 horas de voo, para pegar nos comandos do avião. Pouco depois regressa, mas ao bater na porta já não obtém resposta. O alemão, natural de Montabaur, ficou então sozinho ao controlo da aeronave que estava em piloto automático. A porta da cabine de pilotagem ao ficar trancada por dentro, não permite que ninguém do lado de fora consiga abri-la.
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É então que o jovem piloto, apesar dos sucessivos apelos do comandante e da torre de controlo, recusa responder e num «ato voluntário» decide carregar nos botões e descer o avião dos 12000 metros de altitude para os 2000 metros. O avião emitiu também vários alertas de embate no solo, mas a nada o copiloto respondeu durante os 10 minutos fatais. «Foi o copiloto que carregou no botão para descer», disse. O avião teve um primeiro embate na montanha e depois despenhou-se.
«Nenhuma palavra foi dita», afirmou o procurador.
«Nós ouvimos um ruído de respiração humana na cabine até o impacto, por isso estava vivo. (...) Nós ouvimos o comandante a pedir ao copiloto pegar nos comandos», acrescentou.
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O ministro do Interior alemão, Thomas de Maizière, que falou logo depois de Brice Robin, depois do acidente, as forças de segurança da Alemanha investigaram o passado de todos os 150 ocupantes do avião em duas bases de dados, uma dos serviços secretos e outra da polícia federal.
Essa investigação não deu qualquer resultado positivo para indícios de terrorismo.
«Vai ser tudo investigado», disse o ministro, admitindo que, neste momento, os investigadores «estão concentrados no passado da pessoa que assumia o posto de copiloto» do voo 9225.
A intenção suicida de Andreas Lubitz parece evidente, porém, o procurador recusa chamar-lhe um suicídio.
«As pessoas quando cometem suicídio normalmente fazem-no sozinhos. Não chamo [isto] um suicídio»
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De acordo com informações do clube de aviação LSC, pilotar era um sonho que tinha desde sempre.
«Andreas realizou o seu sonho, o sonho que pagou agora com a vida», refere uma nota do site do clube, publicada antes de se conheceram as conclusões à análise da caixa negra.
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