A principal figura da oposição, Henrique Capriles, deu as condolências à família de Hugo Chávez e apelou à unidade entre os venezuelanos. Unidade a que também apelou o vice-presidente Nicolás Maduro.
E tudo indica que estes dois homens devem ser os dois políticos que vão disputar o lugar do presidente morto em eleições previstas na constituição para daqui a um mês.
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Nicolás Maduro, 50 anos, antigo motorista de autocarro e sindicalista na área dos transportes é agora a cara do regime bolivariano e quem Chávez gostaria de ver como seu sucessor.
O número dois de um Governo que até ao fim nunca revelou sequer que tipo de cancro tinha Chávez lançou para o mundo, horas antes de anunciar a morte do presidente, uma acusação no mínimo estranha, a dizer que a doença resultou de um ataque dos inimigos.
Até pode ser que dentro do partido socialista no poder outros disputem a liderança a Nicolás Maduro. Mas ele é a figura óbvia para disputar as presidenciais. A última sondagem dá-o à frente do líder da oposição.
Henrique Capriles, de 40 anos, governador do estado de Miranda perdeu as eleições contra Chávez em outubro passado. E agora, claro, tem mais possibilidades.
O centrista apelou à unidade, mas unidade é o que não vai haver, certamente. O ódio é intenso entre os homens do regime e os da oposição.
Maduro, que já chamou «asquerosa» à oposição de direita, já se reuniu com as cúpulas militares, das quais obteve apoio e garantia de lealdade.
Nicolás Maduro e Henrique Capriles: são para já estes os dados da equação. Se Maduro vencer, a revolução bolivariana continuará; se for Capriles a ganhar, a Venezuela virará à direita e homens como os cubanos Castro, o presidente boliviano Evo Morales ou o equatoriano Rafael Correa irão sentir, e muito, a falta do apoio venezuelano.
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