O Brasil é grande, o mundo e maior e se falarmos do mundo digital, então, as fronteiras não existem. Os protestos que invadem o Brasil e aquecem as noites de cidades como São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília também se fazem na Internet e nas redes sociais. Em português e em inglês.
Carla Dauden é brasileira, mas o vídeo que corre no YouTube é falado em inglês. «No, I'm not going to the world cup», isto é, «Não, eu não vou ao Mundial», já conta mais de um milhão e 500 mil visualizações desde dia 17 de junho e mais de 12 mil comentários.
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A realizadora e diretora de fotografia que vive nos Estados Unidos explica, numa nota posterior que o «vídeo foi gravado logo antes dos recentes protestos no Brasil, mas agora com tudo isso acontecendo, é ainda mais evidente que a copa e as olimpíadas não deveriam ser nossa prioridade. O mundo tem que saber sobre o que realmente está acontecendo».
E o que está a acontecer no Brasil já vai muito para além do aumento da tarifa dos transportes. «#changebrazil», a hashtag que alimenta os diálogos no twitter ou a frase que se pode ler no Facebook: «vamos mostrar que esse movimento que está a tomando conta do Brasil é espontâneo e vem de um país cansado de tolerar a ineficácia do poder público», frase que é porta-estandarte de «Vem pra Janela», que surge depois de «Vem pra rua». O mote é: «Vista a sua janela de branco!», que agenda protestos em português, mas com a versão inglesa incluída.
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Espontânea terá sido a reação dos polícias que num protesto se juntaram aos manifestantes.
Imagens que contrastam com a notícia de que o governo vai enviar militares para as cidades que têm sido palco dos protestos.
Afinal, a «Copa pra quem?». Ganha expressão o documentário de «T@ Lig@do», sobre o desalojamento de uma favela que fica ao lado do estádio do Itaquerão, em São Paulo. «Nunca é tarde pra compartilhar!!! Aqui denovo procês nosso trabalho!!! E vamo que vamo Largo da Batata 17h que hoje TEM!!!!!», um post deixado pelos realizadores do filme no Facebook.
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