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Karaoke causa tumores na garganta

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Casos aumentam no Japão. Cantar mais de três músicas seguidas é perigoso

Médicos japoneses deixam um alerta: o excesso de actividade da voz em sessões de karaokes tem aumentado os casos de pólipos nas cordas vocais, informa a BBC.

O problema, intitulado de «pólipo de karaoke», consiste numa inflamação das cordas vocais causada pelo uso excessivo e incorrecto da voz.

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A inflamação origina pequenos caroços que precisam de ser removidos através de uma operação às cordas vocais. Se não forem extraídos os pólipos não significa que evoluam para algo mais grave, como o cancro, mas o paciente corre o risco de perder a voz.

Médicos japoneses asseguram que a garganta sofre devido ao fumo dos cigarros e ao ar condicionado nos espaços de karaoke, tornando as cordas vocais mais secas, assim como através da ingestão de álcool, que agride a membrana e possibilita a formação de caroços.

«Abusar do karaoke uma noite já é o suficiente para o aparecimento de pólipos», diz o médico otorrino, Toshiyuki Kusuyama, do Centro de Voz de Tóquio.

Nas sessões de karaoke, de acordo com os tons das canções, as vibrações podem chegar a mil por segundo o que se assemelha ao desempenho de um soprano.

Depois de três músicas, largue o microfone

No Japão, as operações para extrair os pólipos continuam a multiplicar-se. Só no ano passado realizaram-se cerca de 170 operações no Centro de Voz de Osaka, o dobro de 2004.

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«Depois de cantar três músicas, o melhor é largar o microfone e descansar alguns minutos», aconselha o otorrino Hiroyuki Fukuda, director da Universidade Internacional da Saúde e Bem-estar, em Tóquio e criador do termo «pólipo de karaoke».

Segundo o médico, dez músicas por noite é o limite, no máximo, três de tom alto.

No início dos anos 80, o otorrino confirma que o paciente típico do «pólipo de karaoke» era funcionário de escritórios que cantava uma vez ou outra em karaokes depois do trabalho para aliviar o stress.

O problema, garante o médico, também atinge profissionais que costumam forçar a voz, como professores, advogados e cantores.

Para quem quiser evitar os dissabores decorrentes de uma operação à garganta o especialista aconselha: «Nunca tente imitar o tom de voz dos seus cantores preferidos. As cordas vocais deles não são iguais às suas», conclui.

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