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Perfil da NATO em vésperas da reforma de Lisboa

Conheça os principais traços da Aliança Altântica

Fundação

A Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN ou NATO, na sigla em inglês) foi fundada a 4 de Abril de 1949, na capital dos EUA, Washington. O quartel-general situa-se em Bruxelas, Bélgica.

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Secretário-geral

O antigo primeiro-ministro dinamarquês Anders Fogh Rasmussen assumiu o cargo a 1 de Agosto de 2009, tornando-se o 12º secretário-geral da NATO. Sucedeu ao holandês Jaap de Hoop Scheffer, que tomara posse em 2004. Chefe de Governo da Dinamarca durante três mandatos (o primeiro cumprido depois de vencer as eleições de 1 de Novembro de 2001), Rasmussen enviou tropas do seu país para o Afeganistão e apoiou a invasão do Iraque, em 2003. A sua escolha para dirigir a Aliança Atlântica foi contestada pela Turquia, devido à polémica que estalou, em 2006, depois do jornal dinamarquês «Jyllands-Posten» ter publicado caricaturas do profeta Maomé. Ancara considerou que o facto do então primeiro-ministro da Dinamarca não ter pedido desculpas por algo que o mundo islâmico considerou ofensivo poderia colocar em causa o seu desempenho à frente da NATO.

Objectivo

A NATO nasceu como uma aliança militar, num contexto de Guerra Fria, O objectivo era fazer frente à ameaça soviética e à sua crescente influência na Europa de Leste. Os seus membros acordaram que o ataque a um deles significaria o ataque a todos. Em resposta, a União Soviética criou o Pacto de Varsóvia, em 1955. O desmantelamento da URSS, em 1991, e a dissolução do Pacto de Varsóvia, deixou no vazio o sentido da NATO. A Aliança teve, por isso, necessidade de se redefinir para sobreviver e alargou o seu espectro de acção. Sem ameaça comunistas, a intervenção passou a justificar-se em situações de instabilidade que pudessem colocar em perigo qualquer um dos seus membros. As intervenções nos Balcãs, na década de 1990, e no Afeganistão, em 2003, processaram-se sob esta nova filosofia.

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Membros

A NATO foi fundada por 12 países. Além de Portugal, foram signatários os EUA, Reino Unido, França, Itália, Canadá, Holanda, Bélgica, Noruega, Dinamarca, Islândia e Luxemburgo. Em Fevereiro de 1952, aderiram Grécia e Turquia. A República Federal da Alemanha juntou-se em Maio de 1955. A Espanha aderiu ao grupo em Maio de 1982. Hungria, Polónia e República Checa tornaram-se os primeiros países integrantes do Pacto de Varsóvia (extinto com o fim da URSS em 1991) a aderir à NATO, em Março de 1999. Cinco anos depois, Bulgária, Estónia, Letónia, Lituânia, Roménia, Eslováquia e Eslovénia integrariam a Aliança. O mesmo aconteceria com a Albânia e a Croácia, em Abril de 2009. ( veja o perfil de cada um dos membros aqui).

Desafios de Lisboa

A cimeira de Lisboa tem como objectivo desenhar a reforma da Aliança Atlântica, ainda formatada, em grande medida, sob os moldes de um mundo bi-polar de Guerra Fria. A acompanhar o novo conceito estratégico do bloco deverá estar a reforma das suas estruturas, que poderá ditar o destino do Comando de Oeiras. Rasmussen já anunciou uma redução de quatro mil pessoas e a aposta numa estrutura mais eficiente. Em cima da mesa estarão ainda as relações com a Rússia. O presidente Dmitri Medvedev estará no encontro e deverá assinar com a NATO um acordo de cooperação na defesa antimíssil. O tema «Afeganistão» é outro dos pratos fortes da cimeira que vai definir a Aliança Atlântica da próxima década.

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