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Bento XVI refere a «alegria da beatificação»

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Esperam-se mais de dois milhões de pessoas na Praça de São Pedro, em Maio

O papa Bento XVI disse este domingo que todas as pessoas que conheceram ou admiraram João Paulo II partilham a alegria da sua beatificação, numa cerimónia que trará cerca de dois milhões de pessoas à Praça de São Pedro, escreve a Lusa.

A cerimónia, que se realiza a 1 de Maio, na semana a seguir à Páscoa, deverá mobilizar grandes multidões, de acordo com as autoridades de Roma, que preparam a cidade para o evento, tendo em conta que o funeral de João Paulo II, em 2005, foi visto por perto de três milhões de pessoas.

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«No dia 1 de Maio, vou ter a alegria de proclamar beato o venerável João Paulo II, o meu querido antecessor», afirmou Bento XVI, que falava da sua janela virada para a Praça de São Pedro, onde turistas e peregrinos se juntaram para receber a habitual bênção de domingo.

«¿Todos os que o conheceram, todos os que tinham por ele estima e admiração, não podem deixar de se regozijar com a Igreja por este momento», acrescentou.

De acordo com o papa, a data escolhida tem muito significado porque «é o segundo domingo da Páscoa que ele próprio [João Paulo II] dedicou à Divina Misericórdia».

Bento XVI dirigiu-se em particular aos peregrinos polacos que estavam na praça e disse-lhes que partilha a sua alegria pelo anúncio da beatificação, na sexta-feira passada.

«Estas notícias eram há muito esperadas por toda a gente», mas de um modo particular pelos polacos, porque João Paulo II foi «o seu guia na fé, na verdade e na liberdade», sublinhou.

«Autoritarismo»

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Mas enquanto Bento XVI clama a «alegria», outros lembram João Paulo II de outra forma. O movimento internacional Nós Somos Igreja criticou este domingo o seu «autoritarismo» e classificou os seus 27 anos em funções como «controversos» e «contraditórios».

«Foi um papa de grandes contradições. A sua tragédia está na discrepância entre o seu compromisso com as reformas e o diálogo com o Mundo e o seu retorno ao autoritarismo dentro da Igreja», lê-se em comunicado da organização.

Nós Somos Igreja, grupo reformista de membros da Igreja Católica Romana, foi fundado em 1996, na capital italiana, e tem uma rede disseminada por mais de 20 países, incluindo Portugal, com o objectivo de seguir os preceitos do Concílio Vaticano II (1962-1965).

«Foi a sua queda para o autoritarismo espiritual que contribuiu para a grande tragédia do seu papado: o abuso sexual de milhares de crianças globalmente», continua o texto, apontando a «forte relação» do polaco Karol Wojtyla com o fundador da Legião de Cristo, Marcial Maciel.

Os responsáveis pelo movimento acusam também o falecido Chefe de Estado do Vaticano de ter protagonizado uma «cruzada» contra os homossexuais, bissexuais ou transexuais, além da repressão do discurso a favor da igualdade dos géneros dentro da Igreja e da repetida oposição ao uso do preservativo, complicando as opções de milhões de pessoas relativamente à prevenção do VIH/SIDA.

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