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Egipto: nomeado novo primeiro-ministro

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Ahmed Shafiq foi escolhido pelo presidente para chefiar o Executivo

Actualizada às 20:00

O presidente do Egipto, Hosni Mubarak nomeou este sábado um novo primeiro-ministro, após a demissão do Governo. Segundo a agência «Reuters», Ahmed Shafiq, antigo comandante da Força Aérea, e ministro da Aviação Civil irá chefiar o novo Executivo.

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Já este sábado, Mubarak tinha nomeado um vice-presidente primeira vez desde que chegou ao poder, há quase 30 anos.

A nomeação de Omar Suleiman poderá indiciar que Hosni Mubarak está a preparar-se para deixar o cargo, como pedem os manifestantes na rua, e escolhe já a sua sucessão.

As agências de notícias internacionais consideram que a nomeação de um vice-presidente é «um passo claro» de Mubarak no sentido de encontrar um sucessor, já que os manifestantes pedem o fim do seu regime.

O opositor egípcio Mohammed ElBaradei afirmou que a nomeação de um vice-presidente e de um novo primeiro-ministro é «insuficiente» e pede a saída imediata do Presidente Hosni Mubarak «para o bem do Egipto».

O Nobel da Paz, que regressou ao Egipto na quinta-feira à noite e declarou-se disposto a liderar os protestos por uma mudança de regime no país, falava ao canal de televisão Al-Jazeera. «Digo ao Presidente Mubarak e ao seu regime, abandone de imediato o poder para o bem do Egipto e para o vosso bem», disse ElBaradei.

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Dezenas de milhares de egípcios continuam empenhados em violentas manifestações e motins um pouco por todo o Egipto, mas com especial incidência nas cidades do Cairo, Suez, Alexandria e Luxor.

Por isso, o recolher obrigatório nas três principais cidades egípcias Cairo, Alexandria e Suez foi prolongado por mais um dia. Um comunicado militar, emitido este sábado na tv estatal, pediu que o «grande povo do Egipto» respeite o toque de recolher, que começará duas horas mais cedo, a partir das 16h (hora local), e terminará uma hora mais tarde, às 8h do dia seguinte.

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Este sábado, tanques foram posicionados nas ruas que levam à praça Tahrir, no Cairo, que estava cheia de entulho, pneus e madeira queimados, usados como barricadas durante a noite.

A polícia abriu fogo contra cerca de mil manifestantes egípcios que tentavam invadir o Ministério do Interior, no Cairo, este sábado. Segundo a rede de televisão Al Jazeera, pelo menos três manifestantes morreram nos confrontos. Tudo terá começado quando um grupo de pessoas começou a tentar entrar no edifício, e só parou quando tanques de guerra foram enviados ao local.

Também no Cairo, tanques do exército egípcio e tiros disparados no ar foram usados para controlar pessoas que tentavam atacar a entrada do prédio do Banco Central, onde é impresso o papel moeda. Os manifestantes usavam pedaços de madeira e desistiram da abordagem depois de ouvir os tiros.

Segundo a agência France Press, que cita fontes médicas, pelo menos 80 pessoas morreram e milhares ficaram feridas na onda de contestação contra o regime do Presidente egípcio Hosni Mubarak, desde terça-feira.

O anterior balanço, da responsabilidade do Ministério da Saúde, dava conta de 48 vítimas mortais desde terça-feira.

Na sexta-feria, os confrontos entre a polícia egípcia e manifestantes fizeram 62 mortos, dos quais 35 no Cairo, segundo informações recolhidas junto dos hospitais locais.

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