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Cancro: Cuba regista «vacina terapêutica»

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Cuba registou uma «vacina terapêutica» que pode aumentar 30 a 40 por cento o tempo de vida dos doentes terminais de cancro do pulmão e comerciável nos Estados Unidos, informaram terça-feira fontes do Centro de Imunologia Molecular (CIM), escreve a Lusa.

O produto CIMAVAX EGF, o primeiro tratamento deste tipo no mundo para pacientes dessa doença, segundo os seus promotores, tem desde 2004 uma autorização do Gabinete de Controlo de Activos Estrangeiros do Departamento do Tesouro norte-americano (OFAT) para a realização de testes clínicos e comercialização.

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A chefe do projecto, Gisela González, disse numa conferência de imprensa que a vacina é um composto a partir de duas proteínas que se podem combinar. Superou os testes clínicos, obteve dia 12 o registro sanitário em Cuba e começará a ser testada no Peru em Agosto.

Decorre um teste semelhante na Malásia, país em que uma empresa tem os direitos dos testes clínicos e a respectiva comercialização no continente asiático.

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A empresa canadiana YM BioScience tem os direitos para o ensaio e a produção nos Estados Unidos, tendo adquirido os direitos subscritos em 2004 pela empresa caliorniana CancerVax Corporation com o Governo cubano para a cooperação na produção de vacinas contra o cancro.

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«Já está pronta, prosseguem agora estudos de acompanhamento para administrar no estrangeiro, há países que não exigem um ensaio clínico e outros em que sim», disse González, garantindo que o tratamento podia começar a ser utilizado de imediato.

Lembrou, todavia, que em muitos países é obrigatória a realização de testes clínicos próprios.

No caso dos testes clínicos em países europeus ou nos EUA, o tempo habitual para conseguir a aprovação das autoridades ronda o ano com uma ampla amostragem de pacientes.

De acordo com a médica Tania Crombet, do grupo investigador, o fármaco é complementar mas não substitui a radioterapia ou a quimioterapia, embora reduza o tempo de exposição a estas, melhora a qualidade de vida dos pacientes e «não tem efeitos colaterais severos».

«A vida de um paciente terminal pode ser prolongada entre quatro e cinco meses», disse, ao precisar que o tempo estimado de vida para um paciente nessa fase da doença é de 12 meses, dependendo da pessoa.

Acrescentou que para avaliar o aumento da qualidade de vida se seguiu um questionário homologado na Europa para esta medição e conhecer assim o estado dos pacientes em aspectos como a falta de ar, o apetite ou a perda de peso.

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