O grupo jihadista Estado Islâmico (EI) sequestrou durante a madrugada cinco repórteres na cidade de Mossul, no Norte do Iraque, disse à agência EFE o chefe do Comité Iraquiano de Defesa dos Direitos dos Jornalistas, Ibrahim Serayi.
Os detidos, que se encontram em local desconhecido, trabalham para a cadeia de televisão local por satélite Semá, que começou a emitir há quatro anos e está vinculada à governação local.
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Os irmãos Ahmed e Izar Rafea foram levados da sua casa, na zona de Sumer, sul de Mossul, onde no bairro de Al Intisar foi detido o operador de câmara Yaser al-Qaisi.
«A preocupação do Comité aumenta dia a dia, devido às detenções, perseguições e assassínios que sofrem alguns dos profissionais do jornalismo em Mossul, por parte dos jihadistas», afirmou Serayi.
Neste sentido, advertiu que aquela cidade se converteu «numa das mais perigosas do Iraque e do mundo para os jornalistas».
O grupo executou, entretanto, cerca de 20 oficiais da polícia que mantinha como reféns, na mesma cidade, informou à EFE o governador da província de Nínive, Azil al-Nuyaifi.
Os oficiais, que foram assassinados nas últimas 48 horas, fazem parte de um grupo de mais de 70 detidos pela organização extremista em Mossul e na área de Al-Qayara, em Nínive.
Al-Nuayifi explicou que entre os executados figura o seu antigo assistente de segurança, o general de brigada Abdelaziz al-Yaburi.
«Esses oficiais acreditaram que os seus bons antecedentes e o seu profissionalismo os manteriam seguros entre a sua gente e o seu clã, mas não se deram conta de que o EI não respeita valores», lamentou o governador.
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