Já fez LIKE no TVI Notícias?

Zimbabué: mais três activistas raptados

Relacionados

Suspeitas recaem sobre os serviços secretos

Mais três activistas dos direitos humanos foram raptados na manhã de segunda-feira no Zimbabué, cinco dias depois de a directora da ONG Zimbabwe Peace Project (ZPP), Jestina Mukoko, ter desaparecido em circunstâncias misteriosas.

Alois Chaumba, o secretário-executivo do Zimbabwe Peace Project, disse à agência Lusa a partir de Harare que Pascal Gonzo e Broderick Takawira foram raptados por um grupo de homens armados que se identificaram, segundo testemunhas, como agentes da polícia, enquanto um terceiro empregado da organização foi raptado em circunstâncias semelhantes na cidade de Masvingo, a sul da capital.

PUB

Chaumba, que disse estar convencido de que «os raptos de todos os empregados e da directora nacional da ZPP, Jestina Mukoko, são obra do CIO» (a polícia política do regime de Robert Mugabe), revelou que uma queixa pelo desaparecimento de Gonzo e Takwira foi feita na esquadra de polícia de Mount Pleasant, em Harare.

«No entanto, a polícia nada fez para investigar a ocorrência e continua a negar ter responsabilidades no rapto de Mukoko?, ocorrido quarta-feira da semana passada, disse aquele responsável.

O homem raptado em Masvingo, segundo o responsável do ZPP, é Zhacaria Nkomo, irmão de um destacado advogado defensor dos direitos humanos zimbabueano.

O ZPP é uma organização não-governamental que se dedica a registar e documentar incidentes de violência politicamente motivados em todo o Zimbabué, tendo recolhido ao longo dos últimos anos provas de envolvimento das autoridades e das milícias do partido no poder (a Zanu-PF) em assassínios, tortura, sequestros e violações de cidadãos anónimos e militantes da oposição, MDC.

PUB

«Estamos todos em estado de choque pelo que aconteceu à nossa corajosa directora-nacional e aos monitores que foram raptados ontem. Tememos pelo pior», concluiu Alois Chaumba.

«Caso demasiado quente»

Na ultima semana, vários juízes do Supremo de Harare recusaram-se a presidir ao caso aberto pelo ZPP contra o Estado pelo rapto de Jestine Mukoko, afirmando que é «demasiado quente», disse a organização.

Advogados continuam a trabalhar na petição entregue ao Supremo, na qual se exige que as autoridades divulguem o paradeiro da activista e a libertem sem demoras.

PUB

Relacionados

Últimas