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Corpo de James Foley pode estar à venda

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Intermediários do EI contactaram o BuzzFeed e informaram o site de que é pedido um milhão de dólares pelo corpo do jornalista norte-americano

«Eles estavam a tentar negociar (um acordo de resgate) pela sua liberdade antes de o decapitarem e agora estão a tentar vender o corpo», disse o funcionário FSA, que informou o BuzzFeed que está em contato com um intermediário representante do EI e, caso a negociação avance, irá procurar alguém que represente a família Foley. Um funcionário do Departamento de Estado dos EUA disse que «estamos a tentar obter mais informações» sobre se o Estado Islâmico está a tentar vender os corpos dos restantes reféns norte-americanos.

Intermediários do Estado Islâmico (EI) terão adiantado ao site BuzzFeed que estão a tentar vender o corpo do jornalista americano James Foley, por um milhão de dólares ( 807 mil euros). A notícia não tem ainda confirmação oficial, mas está já a ser difundida por vários media norte-americanos.  A morte de Foley, em Agosto, foi a  primeira de uma série de execuções dos reféns  do EI.

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Segundo as fontes que contactaram o BuzzFeed, o Estado Islâmico disponibiliza-se a ir à fronteira com a Turquia entregar uma amostra de ADN para facilitar o acordo.  Como o grupo falhou em conseguir receber dinheiro pelo refém, enquanto estava vivo ,  agora está a tentar negociar a venda do corpo. 
  O Estado Islâmico tinha, a uma determinada altura, 23 reféns na Síria. Quinze europeus foram libertados, pois os seus governos pagaram quantias elevados pelos resgates, mas os reféns britânicos e os americanos não tiveram o mesmo destino. Ambos os governos recusaram-se a negociar e impediram as famílias de pagarem os respetivos resgates.   Nos meses seguintes à morte de Foley, o Estado Islâmico divulgou vídeos das execuções do americano Steven Sotloff, do britânico Alan Henning e do americano Peter Kassig. O jornalista britânico John Cantlie e uma mulher norte-americana continuam reféns.   As três fontes do EI, às quais o BuzzFeed concedeu anonimato para sua segurança, pretendem funcionar como intermediários num acordo com os extremistas. Um deles é um ex-combatente rebelde sírio, tem ligações com os comandantes do Estado Islâmico e afirmou que tem servido como intermediário nas negociações de reféns com Jabhat al-Nusra, o ramo sírio da al-Qaeda, e com o EI.   «Eles pedem um milhão de dólares e vão enviar a amostra de ADN para a Turquia, mas querem receber primeiro o dinheiro. Eles não vão dar o ADN sem o dinheiro», afirmou o ex-rebelde, que contou que foi abordado por um líder do EI que lhe pediu para encontrar uma forma de contactar o governo dos Estados Unidos ou a família de Foley.   Outro intermediário é um empresário que tem procurado usar as suas próprias conexões com o Estado Islâmico para facilitar negociações de reféns. Ambos disseram ao BuzzFeed que, nas negociações, estaria presente um oficial do Free Syrian Army (FSA), a coligação rebelde apoiada pelos Estados Unidos, envolvida em anteriores negociações com o EI de reféns norte-americanos.   Um oficial da FSA disse ao jornalista do BuzzFeed para não publicar a história, com receio de que o governo dos EUA pusesse um fim nas negociações, justificando que como se permitiu que os reféns morressem nas mãos do Estado Islâmico, agora iria parecer mal se esta negociação tivesse sucesso.  

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«Será uma vergonha para o governo norte-americano. As pessoas vão perguntar porque é que se trouxe o corpo, mas não se salvou o jornalista enquanto estava vivo», comentou o oficial da FSA, que se descreveu como o «gerente» das negociações propostas.


Leia também:  os perigos de ser jornalista numa zona de guerra.

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