O presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, foi este domingo alvejado durante um ataque à sua casa por homens armados, disse à Lusa fonte da presidência. Xanana Gusmão também sofreu uma emboscada, mas saiu ileso do atentado e já classificou estes ataques como «cobardes».
O presidente foi operado em Díli, num hospital de campanha; contudo, a gravidade dos ferimentos levou os médicos a decidir pela transferência para Darwin, Austrália, onde Ramos Horta vai ser de novo operado. As últimas informações de agência noticiosas apontam para que o presidente timorense esteja em coma, em
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Ramos Horta esperou «uma hora» por ajuda e os militares da GNR foram os primeiros a prestar socorro ao presidente timorense.
O ataque ocorreu de madrugada, quando indivíduos dispararam contra a casa do presidente, do interior de dois automóveis.
Major Alfredo Reinado morto
O major Reinado morreu na emboscada ao presidente de Timor-Leste. Alfredo Reinado era o líder de uma facção de militares rebeldes que viviam a monte e terá sido abatido pela guarda presidencial. Há mais guerrilheiros envolvidos no ataque e, segundo fonte oficial, um número ainda indeterminado estará armado e a monte.
Recorde-se que o major Reinado estava acusado de crimes cometidos durante a revolta contra o Governo, em Abril de 2006, durante a qual 37 pessoas morreram e mais de 1500 foram deslocadas.
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Governo português está a acompanhar situação
O Governo está a acompanhar «a par e passo» a situação do Presidente de Timor-Leste, disse à Lusa fonte do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Mas acrescentou que ainda «esperam confirmações sobre o que aconteceu, quer pela Embaixada, quer pelo ministro Vieira da Silva» que está em Timor a propósito de uma reunião da CPLP.
Para já, adiantou ainda a mesma fonte, sabe-se apenas que «Ramos-Horta não corre perigo de vida».
Xanana foi atacado mas não ficou ferido
O primeiro-ministro de Timor, Xanana Gusmão, também foi atacado a caminho de Díli, mas não sofreu nenhum ferimento, disse fonte oficial.
A coluna onde seguia Xanana Gusmão foi atacada quando ia de Balíbar, nas colinas a 30 minutos a Sul de Díli, para a cidade, tendo a sua viatura ficado completamente destruída.
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Xanana Gusmão terá viajado para Díli, apanhando transportes públicos, estando agora no palácio do Governo guardado por efectivos da força militar internacional em Timor-Leste.
O ataque a Xanana Gusmão foi perpetrado na mesma altura em que Ramos Horta, foi alvejado num ataque à sua residência.
Governo australiano reforça contigente militar
O primeiro-ministro australiano condenou o atentado em Timor-Leste e anunciou o reforço do contigente militar estacionado em Timor. Segundo o chefe do Governo, os edifícios do Estado estão protegidos pelas tropas australianas.
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