José Ramos-Horta foi operado esta sexta-feira pela quarta vez. O presidente timorense voltou aos cuidados intensivos do Royal Hospital de Darwin, mas a equipa médica está «optimista», disse à agência Lusa a irmã do chefe de Estado timorense.
A intervenção cirúrgica «correu bem e os médicos estão optimistas em relação à evolução da situação», disse Romana Horta, contactada telefonicamente pela Lusa em Darwin.
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Esta foi a quarta intervenção cirúrgica a que Ramos-Horta foi submetido, a terceira em Darwin, desde que foi gravemente ferido a tiro na sua residência em Díli segunda-feira, durante um ataque em que foi morto o major Alfredo Reinado.
Estado grave, mas estável
Len Notaras, director do Royal Darwin Hospital, afirmou entretanto que o estado de Ramos-Horta continua «grave, mas estável» após esta quarta operação. «Ele está ainda fortemente sedado, para permitir que descanse e recupere», disse Notaras, citado pela televisão australiana.
Romana Horta adiantou que na última visita ao irmão o encontrou em «estado de dormência», mas que «deu sinais de sentir» a presença dos familiares, chegando mesmo a apertar a mão da irmã. O pior, acredita, será quando José Ramos-Horta recuperar os sentidos.
«Vê-lo assim é um choque muito grande»
«Acordar vai ser o pior. Não só a dor física, mas também a moral, o choque de saber que tudo isto lhe aconteceu, a ele que nunca fez mal a ninguém», disse à Lusa a irmã do chefe de Estadado timorense. «Vê-lo assim, com todas aquelas máquinas, é um choque muito grande», afirmou Romana Horta.
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A irmã de José Ramos-Horta encontra-se acompanhada da mãe e de outros familiares, e na quinta-feira recebeu outra má notícia: a da morte de uma tia de 101 anos de idade, residente nos arredores de Darwin. «O José era o sobrinho predilecto dela», acrescentou Romana Horta.
O primeiro-ministro australiano, Kevin Rudd, visitou esta sexta-feira José Ramos-Horta no Hospital de Darwin, onde parou no regresso a Camberra após a visita que efectuou a Díli. «Eu conheço o velho José, ele é um lutador. Ele ainda uma luta pela frente, mas ele é um lutador», referiu Kevin Rudd, citado pela ABC da Austrália.
Quarta-feira, o chefe da equipa de cirurgiões do hospital, Phil Carson, disse que a recuperação total de José Ramos-Horta deverá demorar seis meses.
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