A Polícia Nacional cabo-verdiana descobriu em Santo Antão, num contentor importado da África do Sul, material e armas de guerra pertencentes a um cidadão norte-americano, que foi detido preventivamente, refere a Lusa.
Trata-se, segundo a polícia, de Lawrence Scott Baker, que reside na Vila da Ponta do Sol há três anos.
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O tribunal da Comarca de Ponta do Sol decretou a prisão preventiva de Lawrence Scott Baker, após a descoberta do material, que inclui metralhadoras, pistolas, várias munições, explosivos e rádios comunicações, além de fardamentos militares.
As armas foram descobertas na passada quinta-feira quando funcionários aduaneiros e agentes da Polícia Nacional afectos à Guarda-fiscal procediam à descarga de um contentor importado da África do Sul por aquele cidadão norte-americano.
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Além de peças de mobiliário, o contentor continha armamento militar, desde espingardas automáticas, metralhadoras, explosivos, e equipamento de comunicações.
Durante o fim-de-semana, a polícia deteve para averiguações mais três estrangeiros, duas sul-africanas e um suíço que viviam na casa do norte-americano.
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Os três também foram constituídos arguidos, mas sairam em liberdade com termo de identidade e residência.
Laurence Scott Baker, 57 anos, é natural de Washington e reside na vila de Ponta do Sol há três anos. De acordo com fontes locais, não lhe é conhecida nenhuma actividade profissional.
Segundo informações avançadas pela Rádio Nacional de Cabo Verde, Lawrence Scot baker viveu durante vários anos em Israel, tendo mudado para a África do Sul depois de casar com uma sul-africana.
De acordo com o advogado do arguido, Paulo Medina, o norte-americano é engenheiro electrónico e também pastor de uma igreja missionária que pretendia começar a divulgar em Cabo Verde.
O ministro da Justiça cabo-verdiano, José Manuel Andrade, disse hoje à Rádio Nacional que a polícia está a trabalhar com a hipótese de se tratar de tráfico de armas de guerra.
«Trata-se de um caso de armas que foi detectado na importação de um contentor com existência de armas de guerra e o caso já foi entregue às autoridades judiciárias, mas as investigações estão em curso para o apuramento dos factos», explicou.
José Manuel Andrade admitiu que Cabo Verde vai trabalhar com forças internacionais, como a Interpol, no âmbito da cooperação existente para o apuramento do caso.
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