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Cabo Verde: crianças abusadas e correios de droga

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Menores admitem contactos sexuais com estrangeiros a troco de dinheiro

Um estudo sobre trabalho infantil, feito em Cabo Verde e envolvendo 884 crianças, concluiu que 10,3 por cento dos inquiridos, a maior parte rapazes, admitiu ter mantido relações sexuais com adultos, alguns a troco de dinheiro, refere a Lusa.

Segundo o jornal «Expresso das Ilhas», das crianças que admitiram as práticas sexuais 11 por cento disseram que o fizeram a troco de dinheiro, sendo que alguns desses jovens identificaram o adulto como não sendo cabo-verdiano.

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«O estudo mostra que de um universo de 49 crianças que admitiram sair com adultos a troco de dinheiro, 30,6 por cento identificaram esse adulto como um estrangeiro. Desses, 25 por cento pertencem à faixa etária dos sete aos 13 anos e 34 por cento à dos 14 aos 17 anos», noticia o jornal.

O estudo foi elaborado no âmbito do Plano Nacional de Luta contra o Trabalho Infantil e indica também que há crianças correios de droga em Cabo Verde.

O trabalho foi encomendado por uma equipa de consultores e conclui que o trabalho infantil em Cabo Verde «é uma realidade indesmentível».

O antropólogo Orlando Borja, que participou na elaboração do estudo confirmou à Rádio Nacional o envolvimento de crianças no tráfico de drogas. «Este é um dos problemas que se inclui naquilo que é classificado das piores formas de trabalho infantil, ou seja, exploração infantil», afirmou.

Do inquérito, elaborado num universo de 884 crianças, «nós encontramos uma parcela que confirmou ter contacto com drogas, especificamente na condição de vendedor», afirmou o antropólogo sublinhando, que entre as outras piores formas de trabalho infantil registado em Cabo Verde se destaca também a prostituição infantil.

Cabo Verde ainda não ratificou a convenção 138 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que estabelece a idade mínima para admitir um menor no trabalho.

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