Um activista anti-aborto foi condenado esta quinta-feira a prisão perpétua pelo homicídio, no ano passado, de um médico que praticava abortos.
Scott Roeder confessou que matou o médico George Tiller numa igreja em Wichita, no Estado do Kansas, para salvar as vidas de bebés que ainda não nasceram, adianta a BBC.
PUB
Tiller era um dos poucos médicos nos Estados Unidos que fazia abortos em estado avançado de gravidez.
O juiz decretou que Roeder não poderá pedir liberdade condicional nos próximos 50 anos e aplicou-lhe a sentença máxima porque o arguido confessou ter perseguido Tiller durante meses.
Roeder afirmou em tribunal não se arrepender do homicídio do médico. «Eu impedi-o para que ele não pudesse destruir mais nenhum bebé inocente», afirmou, acrescentando que Wichita é um lugar mais seguro sem Tiller.
O advogado da família de Tiller, Lee Thompson, declarou que o homicídio foi um acto de «terrorismo doméstico» contra um homem «dedicado, que acreditava firmemente nos direitos das mulheres».
«Ele respeitava e confiava nos direitos das mulheres para tomar decisões», afirmou Thompson. «Deu a vida pelo direito das mulheres», concluiu o advogado.
PUB