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Chavez sugere que as FARC sejam partido

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Líder venezuelano refere que esta poderá ser a única forma de evitar a guerra

O presidente venezuelano, Hugo Chavez, defendeu esta sexta-feira que se tente evitar a guerra na América Latina através de um processo que permita a transformação das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) num partido político «sem que matem os seus membros».

«Que entreguem as armas, que formem um partido político, mas que não os matem», declarou à sua chegada a um hotel de Santo Domingo, onde participará na XX cimeira do Grupo do Rio, organismo que, segundo Chavez, pode desempenhar um papel no processo de pacificação.

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Às FARC pediu «que humanizem a guerra, que não utilizem o sequestro como uma arma de guerra».

Bush criticado

Em declarações aos meios de comunicação, Chavez criticou mais uma vez o presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, pela sua política belicista e exprimiu o desejo que o novo governo de Washington após as eleições de Novembro trabalhe a favor dos processos de pacificação.

Chavez referiu-se em concreto ao papel dos Estados Unidos, presidido por Bill Clinton, no processo de pacificação da Guatemala nos anos 1990.

«Oxalá cheguemos ao final deste governo (nos Estados Unidos) sem uma guerra nestas terras. Vamos fazer todo o possível para o evitar», assegurou.

Além de Chavez, participam na cimeira do Grupo do Rio os presidentes da Colômbia, Álvaro Uribe, e do Equador, Rafael Correa.

Os três atravessam uma crise diplomática devido a um ataque das tropas colombianas às FARC em território equatoriano, onde morreram cerca de duas dezenas de membros da guerrilha, entre os quais o seu «número dois», Raul Reyes.

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À crise juntou-se esta sexta-feira a Nicarágua que anunciou o corte de relações diplomáticas com a Colômbia em resposta à acção militar em território equatoriano.

Procura de diálogo na América Latina

O diferendo estará no centro da agenda da cimeira na República Dominicana do Grupo do Rio, organismo surgido em 1986 que procura o diálogo, a integração e a concertação política entre os países de América Latina e das Caraíbas.

Ao grupo pertencem a Argentina, Belize, Bolívia, Brasil, Chile, Colômbia, Costa Rica, Equador, El Salvador, Guatemala, Guiana, Honduras, México, Nicarágua, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai e Venezuela.

Quarta-feira, a Organização de Estados Americanos (OEA) aprovou uma resolução, referindo que o governo colombiano violou a soberania e a integridade territorial do Equador, assim como os princípios do direito internacional, e determinando a formação de uma comissão que tentará esclarecer as circunstâncias do ataque e informará os chefes da diplomacia no próximo dia 17.

A comissão, que domingo e segunda-feira estará no Equador, é chefiada pelo secretário-geral da OEA, o chileno José Miguel Insulza, e integra representantes da Argentina, Bahamas, Brasil, Panamá e Peru.

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