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ONU condena massacre na Síria

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O Conselho de Segurança das Organização das Nações Unidas (ONU) condenou hoje o governo sírio pelo massacre de sexta-feira, em Houla, do qual resultou a morte de 108 civis e 300 feridos.

A declaração aprovada pelo conselho de 15 países, incluindo a Rússia, aliada da Síria, diz que os ataques envolverem uma série de artilharia governamental, numa zona residencial, e volta a exigir ao presidente Bashar al-Assad a retirada de armamento pesado das cidades sírias.

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O chefe dos capacetes azuis da Organização das Nações Unidas (ONU) na Síria, o norueguês Robert Mood, disse hoje ao Conselho de Segurança que o massacre em Houla, na sexta-feira, resultou em 108 mortos e 300 feridos.

Os observadores militares e civis da missão de supervisão da ONU na Síria tinham revelado, no sábado, a existência de 92 mortos, entre os quais 32 crianças.

Antes do encontro do Conselho de Segurança, fontes diplomáticas russas declararam que apenas se poderá tomar decisões após se determinar se as autoridades sírias são ou não responsáveis pelo atentado.

Kofi Annan vai começar a avaliar, pela segunda vez, na segunda-feira, a aplicação do acordo assinado há mais de um mês e que determinava o cessar-fogo a partir de 12 de abril, mas que nunca foi cumprido.

O enviado especial da ONU deverá reunir-se com Bashar al-Assad e com membros da oposição na Síria.

Mais de 13.000 pessoas, na sua maioria civis, foram mortas na Síria desde o início da revolta contra o regime de Bashar al-Assad, em março de 2011, indicou hoje o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.

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Pelo menos 9.183 civis, 3.072 membros das forças de segurança e 749 desertores morreram vítimas da repressão, dos combates e dos atentados dos últimos 14 meses.

Desde 12 de abril, quando entrou em vigor o cessar-fogo negociado pela ONU que nunca foi respeitado, pelo menos 1.881 pessoas, 1.260 delas civis, morreram em consequência da violência.

O Observatório considera civis todos os sírios que não pertencem às forças militares, incluindo os membros das milícias que combatem o governo.

«Os membros do Conselho de Segurança reiteram que toda a violência deve cessar. Os responsáveis por atos de violência devem ser condenados», diz um comunicado daquele órgão da ONU.

O embaixador britânico nas Nações Unidas, Mark Lyall-Grant, disse aos jornalistas que «nos próximos dois dias o Conselho de Segurança continuará a reunir-se para discutir com mais detalhe os passos que devem ser dados».

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