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Strauss-Kahn: alegada vítima é guineense

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Duas noites depois de ter trocado uma suite de três mil dólares por uma cela de cerca de quatro metros quadrados no estabelecimento prisional de Rykers Island (o mesmo onde se encontra o português Renato Seabra), são conhecidos mais detalhes o alegado crime de Dominique Strauss-Khan.

Apesar de não ter sido divulgada a identidade da empregada de limpeza que acusa o director do Fundo Monetário Internacional de tentativa de violação e agressão sexual no luxuoso Hotel Sofitel, em Nova Iorque, sabe-se agora que se trata de uma guineense, que vive no Bronx com uma filha de 16 anos, e que trabalha há pelo menos três anos naquela unidade hoteleira.

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A empregada de hotel é considerada uma «boa funcionária», segundo descreve a imprensa americana, que agora está em choque com a dimensão do caso.

Depois de ter visto recusada pela juíza Melissa Jackson, do Tribunal de Manhatan, a proposta de um milhão de dólares de caução (cerca de 700 mil euros), o responsável máximo pelo FMI continua a alegar a sua inocência e a refutar em absoluto as suspeitas de agressão e tentativa de violação. A próxima audiência está marcada para a próxima sexta-feira e, até lá, ficará detido.

Benjamin Brafman, advogado de Strauss-Khan, está optimista: «Vamos provar que o Sr. Strauss kahn está inocente destas acusações. Pensamos que este caso é muito defensável, não acreditamos que ele tivesse intenção de fugir. O principal objectivo é limpar o nome dele».

DSK: os crimes

DSK, que foi detido no sábado dentro de um avião com destino a Paris, foi acusado de vários actos criminais: dois crimes de acto criminal sexual em primeiro grau, um crime de tentativa de violação em primeiro grau, um crime de abuso sexual em primeiro grau - que incorre em pena de 25 anos -, um crime de prisão ilegal em segundo grau, um crime de coação e um crime de abuso sexual em terceiro grau.

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Segundo a queixa apresentada pelo procurador do ministério público, o director do FMI fechou a porta do quarto do hotel, impedindo a vítima de sair - situação que agrava a eventual pena. Depois, Strauss-Khan terá agarrado a empregada de limpeza pelo pescoço sem o consentimento desta, tentando tirar-lhe as calças e agarrando na zona vaginal da guineense. O seu pénis terá estado em contacto com a boca da vítima por duas vezes com recurso à força.

E a presunção de inocência?

O pedido da defesa foi recusado por alegado perigo de fuga do arguido para França, de onde chegam reacções. Para a secretária-geral do PS francês, Martine Aubry, é preciso ter cautela com o que é mostrado na televisão.

«Com respeito por esta jovem, gostaria que fosse respeitada a presunção de inocência. Fiquei muito chocada com as imagens. Estamos num país onde, depois da Lei Guigou de 2000, não se pode mostrar alguém algemado. Não se pode humilhar alguém que ainda não foi julgado».

Numa entrevista ao jornal «Libération», no mês passado, Strauss-Kahn tinha confidenciado que receava uma armadilha da direita francesa. Kahn, socialista, era apontado como o principal candidato para derrotar Nicolas Sarkozy nas presidenciais do próximo ano.

No FMI, poucas reacções ao caso. O vice-director e outros responsáveis garantem apenas que as funções da instituição não estão comprometidas.

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