Timor voltou a estar no topo da actualidade pelas piores razões. Um atentado contra o presidente Ramos Horta fez regressar a instabilidade ao território, não se sabendo ainda em que condições o líder timorense ficará após o tratamento médico em Darwin, na Austrália.
Entretanto, o primeiro-ministro Xanana Gusmão já confirmou que também foi alvo de ataque, enquanto os destinos do país ficaram a cargo do número dois de Horta, Vicente Guterres. O contingente local da GNRreagiu rapidamente e já reforçou o seu dispositivo, podendo mesmo receber mais homens, mas a reposta australiana também foi célere, com o envio de mais 340 homens para o território.
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Depois do duplo atentado, foi declarado o estado de sítio, as forças policiais estão em alerta máximo e a população foi obrigada a um recolher obrigatório, que vigora entre as 20 e as seis da manhã. Durante este período cabe à GNR patrulhar as ruas.
Para além disso, o Conselho de Segurança da ONU reúne-se de emergência esta segunda-feira à noite para analisar a situação em Timor-Leste.
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Recorde-se que Ramos Horta foi alvejado este domingo durante um ataque à sua casa por homens armados, sendo que o major Alfredo Reinado terá sido um dos envolvidos, uma vez que morreu durante a emboscada.
O presidente foi operado em Díli, num hospital de campanha; contudo, a gravidade dos ferimentos levou os médicos a decidir pela transferência para Darwin, Austrália, onde Ramos Horta deverá ser novamente operado. Está em coma e o seu estado é crítico.
Portugal reagiu rapidamente à situação e condenou veementemente os ataques. Aliás, esta tem sido a reacção da comunidade internacional, que acompanha com expectativa o desenrolar da situação.
Enquanto a Austrália aceitou dar tratamento médico imediato a Ramos Horta, a Indonésia frisou que se trata de um «ataque que teve lugar durante a presença de forças da paz da Austrália e da Nova Zelândia, para além das Nações Unidas».
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