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Cavaco evitou crise política entre Passos e Portas

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Revelação é feita pelo próprio presidente da República no prefácio da última edição do Roteiros

O presidente da República evitou uma crise política na coligação entre Passos e Portas, uma crise que se tornou pública em plena discussão do Orçamento do Estado.

A revelação é feita pelo próprio no prefácio do mais recente livro dos Roteiros, um VII volume centrado na atuação de um chefe de Estado em tempo de grave crise económica e financeira.

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Cavaco Silva insiste na necessidade de um consenso político alargado e apresenta muitas justificações para os seus silêncios e para uma atuação que muitos veem como discreta de mais.

Neste prefácio há justificações e mais justificações para os silêncios prolongados que sempre lhe são criticados, com Cavaco a deixar claro que definiu um tipo de atuação quando tomou posse há dois anos e que não vai desviar-se desse caminho.

Repete o que já tinha dito durante a semana, para sublinhar que não se deixa

«influenciar pelo ruído mediático ou pelas pressões de grupos ou corporações».

Refere também que não se deixa «arrastar por pulsões emocionais» e deixa em texto o que verbalizou há dias. Ou seja, uma «relação inversa entre o protagonismo do presidente da República e a sua influência efectiva sobre o processo político de decisão».

Mas isso não significa que não intervenha, pelo contrário.

No prefácio, Cavaco sublinha que a execução do acordo com a troika exigia «solidez e consistência da coligação governativa e muito beneficiava de um consenso político alargado», que seria também uma «importantíssima mais-valia na defesa dos interesses nacionais no plano externo».

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Diz Cavaco que «pelas informações de que dispunha, era certo que uma crise política grave, na fase crítica da execução do programa de assistência financeira, deixaria o país numa situação ainda mais penosa, pelo que devia atuar de modo a evitar que ele ocorresse».

Boa parte do prefácio serve para falar de um trabalho de bastidores, que «não é realmente susceptível de avaliação direta e imediata».

Revisitando sempre os seus discursos dos últimos anos, o presidente da República aponta prioridades para o país, recorda o alerta para as injustiças fiscais e repartição dos sacrifícios, pede redução do défice do setor público e prioridade para o crescimento económico e a criação de emprego.

No Roteiros VII, Cavaco Silva evidencia uma «aversão a excessos de protagonismo pessoal» e mediático..

Um prefácio sem a polémica lançada no ano passado, quando abriu uma crise política ao acusar José Sócrates de deslealdade institucional.

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