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Fotojornalista detido há um ano sem culpa formada

Iraque:Pentágono diz que várias autoridades o consideram uma ameaça

Um ano depois da sua detenção, um fotógrafo da Associated Press continua retido, num campo de prisioneiros no Iraque, por militares norte-americanos que não o acusaram nem divulgaram qualquer prova de infracção, noticia a Lusa.

Bilal Hussein foi feito prisioneiro na cidade iraquiana de Ramadi, a 12 de Abril de 2006. Doze meses depois, os militares norte-americanos sustentam que se justifica que continue detido apenas porque o consideram uma ameaça à segurança.

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«O 12 de Abril é um triste aniversário para os colegas de Bilal em todo o mundo», afirma a directora executiva da AP, Kathleen Carroll. «Tem estado detido pelos militares norte-americanos no Iraque todo um ano sem culpa formada ou um julgamento que é devido numa sociedade democrática», lembra Paul Gardephe, o advogado que trata o caso para a AP e que regressou recentemente de uma prolongada visita ao Iraque onde falou com militares, autoridades, jornalistas, cidadãos iraquianos e durante mais de 40 horas com o próprio Hussein numa prisão em Camp Cropper, perto do aeroporto de Bagdad.

Bilal não fez nada para justificar um ano de detenção sem culpa formada, disse Gardephe. Os militares não providenciaram qualquer prova credível para apoiar as várias acusações de conduta criminal que lhe foram feitas.

É o único preso durante tanto tempo

Dezenas de jornalistas, na maioria iraquianos, têm sido detidos pelas tropas norte-americanas ou pelas forças de segurança iraquianas durante a guerra, de acordo com a Comissão para a protecção dos Jornalistas (CPJ) com sede em Nova Iorque. A maioria é libertada sem julgamento depois de curtos períodos e Hussein é o único que está detido por um período tão prolongado, revelou o director executivo do CPJ, Joel Simon.

O porta-voz do Pentágono, Bryan Whitman, numa declaração escrita à AP, disse que o caso contra Hussein foi revisto quatro vezes - a mais recente em Novembro - por três entidades diferentes no Iraque, entre as quais se contam representantes do governo iraquiano e a coligação liderada pelos Estados Unidos.

Whitman disse que todas estas entidades determinaram que Hussein representava uma ameaça à segurança e recomendaram «a continuação da detenção».

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