Joe Berardo acusou esta sexta-feira os executivos das instituições financeiras de terem levado o mundo para uma crise sem precedentes. «Eles deveriam estar todos presos. Levaram o mundo à bancarrota», disse o empresário madeirense, em declarações ao jornal brasileiro «Valor Económico».
Joe Berardo afirmou que o «grande culpado» pela crise internacional é o investidor húngaro George Soros, que teria mudado a estrutura do sistema financeiro com o ataque especulativo à libra esterlina, em 1992.
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Gestores «levaram o mundo à bancarrota»
«George Soros dá umas patacas para a caridade e ninguém percebe que quer poupar nos impostos», disse, citado pelo diário brasileiro. O empresário português considera os paraísos fiscais o «cancro do século» porque estimulam o branqueamento de capitais. «O problema é que isso não interessa aos políticos», disse o empresário para quem, depois da crise financeira, «ninguém se pode considerar rico».
«Vejo uma luz no fim do túnel, mas é o farol do comboio»
Joe Berardo disse ainda não acreditar na rápida recuperação da economia mundial. «Vejo uma luz no fim do túnel, mas é o farol do comboio na direcção contrária».
Numa entrevista concedida a um grupo de jornalistas brasileiros, durante uma visita à Quinta dos Loridos, o empresário lamentou as suas perdas financeiras com a crise do BCP bem como em outras instituições. Lamentou também os prejuízos nas acções do Citigroup e do Royal Bank of Scotland que tinha comprado «para os netos».
A fortuna do multimilionário português diminuiu de 1,8 mil milhões de dólares (1,35 mil milhões de euros), em 2007, para cerca de mil milhões de dólares (752 milhões de euros), no ano passado, segundo a revista Forbes.
Aos 64 anos, Joe Berardo, com investimentos em diversos sectores da economia portuguesa, ocupa actualmente o lugar de número 701 no ranking dos homens mais ricos do mundo.
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