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«Rendimento mínimo não contribui para diminuir pobreza»

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O penúltimo debate televisivo foi marcado por acusações de esquerda e de direita, com muita ironia e muitos avisos da moderadora que mal conseguiu pôr termo ao debate.

O líder do PP defendeu que as políticas de protecção social foram percentualmente mais levadas a cabo pelos governos de direita, justificando desta forma o ataque do Bloco de Esquerda à maneira como os populares vêem o Rendimento Social de Inserção (RSI).

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«Desde que o Rendimento Mínimo foi criado gastaram-se 3.400 milhões de euros e isso não contribuiu para diminuir a taxa de pobreza, não posso aceitar que os indicadores oficiais digam que na prestação haja sistematicamente pessoas que abusam e que transformaram uma ajuda transitória num modo de vida», sublinhou Paulo Portas, que assegurou que foi a direita que mais políticas de protecção social levou a cabo em Portugal.

Francisco Louçã contra-atacou e lembrou um texto publicado no site do CDS-PP que defende o fim do salário mínimo. Portas defendeu-se dizendo que o texto é de um dirigente da juventude centrista.

O dirigente do Bloco aproveitou também para colar a imagem do PP ao Salazar: «eu ouvi um dirigente do CDS a dizer que o RSI era um subsídio à preguiça, fiquei chocado. Lembrei-me de Salazar», rematou Louçã, que defende que, apesar dos abusos, não se deve retirar as ajudas às pessoas.

Nacionalização. Sim ou não?

Outro dos temas centrais do debate foi a nacionalização, com o Bloco de Esquerda a rejeitar a nacionalização do sistema bancário, que no caso do BPN «trouxe zero para os cofres do Estado, mas 3 milhões de responsabilidade do Estado, dava para construir três hospitais públicos», sublinhou Louça.

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«O abuso do sistema financeiro deve ser recuperado em juros não especulativos para promover contratos de formação e emprego», defendeu o dirigente.

Paulo Portas adiantou que a nacionalização é perigosa para o contribuinte e a opção deve ser concorrência.

«Uma politica baseada em nacionalizações e mais impostos não é boa para a economia, muito menos na situação recessiva em que nos encontramos. O Estado não é bom gestor, não sente os bens como seus», defendeu.

O dirigente popular lembrou o caso da EDP, que segundo ele, «fazia gato-sapato dos produtores e consumidores quando era empresa pública, agora com a privatização o tratamento não é melhor. O problema é ser um monopólio, precisamos de concorrência».

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