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Fim dos benefícios fiscais põe em risco bolsa portuguesa e gestoras de pensões

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O mercado de capitais está ameaçado pelo fim dos benefícios fiscais dos Planos Poupança Acções, já que uma quebra no consumo deste tipo de produto financeiro retira capacidade de investimento às empresas para além do efeito negativo que terá sobre as gestoras de fundos de pensões, segundo adiantou José António Duarte de Sousa, administrador da Liberty Seguros em declarações à Agência Financeira.

José António Duarte de Sousa, quando confrontado com o fim dos benefícios fiscais para os Planos Poupança Acções (PPA), Planos Poupança Reformas (PPR) e Contas Poupança Habitação (CPH), adiantou que «a medida é profundamente negativa, sobretudo na vertente dos particulares. Eu sei que houve abusos, ou que há abusos na utilização dos PPRs quando são as empresas que os pagam para determinados administradores, funcionários ou empregados, e os metem como custo da empresa para gerar prejuízo, beneficiando o indivíduo».

Contudo, acrescentou ainda, «não nos podemos esquecer que para os indivíduos isso é muito importante, e para o mercado também. Esse dinheiro é investido no mercado de capitais e isso pode significar um impacto enorme para a nossa bolsa. Os planos de pensão individuais geram riqueza e geram investimento num país. Basta dizer o caso dos países que desenvolveram este tipo de produto para fortaleceram a economia e acabar com isto duma só vez seria dramático.»

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Já as seguradoras na área vida, ou orientadas especificamente para área vida e de pensões, «vão ter a sua vida brutalmente dificultada, pois ao deixar de haver o estímulo fiscal existe muita gente que deixa de comprar», referiu ainda.

«Não nos podemos esquecer que os seguros que vida são praticamente os únicos que estão a crescer. Em não vida os crescimentos têm sido praticamente negativos, a acompanhar um pouco aquilo que está a acontecer na economia. O vida, por exemplo, o ano passado cresceu 35%, e este ano está a crescer a taxas semelhantes», adiantou o administrador da Liberty.

Desta forma, referiu ainda José António Duarte de Sousa, «o capital é investido maioritariamente no mercado e capitais, cria riqueza e gera emprego. Se eles vão acabar com os benefícios fiscais vão criar problemas muito sérios quer ao mercado de capitais quer ás companhias que vivem vocacionadas para o seguro de vida e seguros de pensões. Ele vai afectar seriamente as companhias de vida e de pensões», finalizou.

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