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UE estuda estratégia única para alterações climáticas

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Medidas de adaptação ao clima vão ser apresentadas em Outubro

A União Europeia pode vir a ter uma estratégia conjunta de adaptação às alterações climáticas em vez de um Livro Branco, disse esta segunda-feira em Lisboa um elemento da Direcção-Geral de Ambiente da Comissão Europeia, noticia a agência Lusa.

«Estamos a preparar um livro branco [um documento oficial elaborado pela Comissão com um conjunto de propostas], para estar pronto em Outubro deste ano, mas ainda não sabemos se vai ser um Livro Branco ou uma Estratégia Europeia», afirmou Rosário Bento, daquela Direcção-Geral, na Conferência «Portugal Um Clima Em Mudança», que decorre esta segunda-feira no Estoril.

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O Livro Verde da União Europeia sobre Adaptação Climática (uma espécie de consulta pública) ficou concluído em finais do ano passado, estando agora a ser preparado um Livro Branco que deverá ser entregue ao Conselho Europeu em Outubro próximo.

Governo tem estratégia de adaptação às alterações climáticas

Alterações Climáticas em debate

Um Livro Verde é um documento de discussão destinado a estimular o debate e lançar o processo de consulta, ao nível europeu, sobre um tema específico.

Geralmente apresenta um leque de ideias e visa que pessoas ou organizações interessadas no tema contribuam com ideias ou informação. Ao Livro Verde pode seguir-se um Livro Branco, um conjunto de propostas oficiais da Comissão que é usado como veículo para que estas medidas possam passar a lei.

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Rosário Bento salientou que uma das preocupações da Direcção-Geral de Ambiente da Comissão Europeia é que as medidas de adaptação tomadas num país não tenham reflexos negativos noutros estados.

Esta responsável lembrou que a adaptação às alterações climáticas pode «criar novas oportunidades económicas, novos mercados e novos serviços».

Medidas espanholas e britânicas

O governo espanhol, que tem uma Secretaria de Estado dedicada às alterações climáticas, esteve também presente no encontro para dar a conhecer as medidas de adaptação que têm sido tomadas, que começaram a ser delineadas em 2005 e foram aprovadas em Conselho de Ministros em Outubro 2006 com a forma de uma Estratégia Nacional de Adaptação.

«Ao mesmo tempo desta estratégia, desenvolvemos um programa de trabalhos que ainda não está concluído», afirmou Conchita Martinez da Oficina Espanhola de Cambio Climático, que está integrada no Ministério do Ambiente espanhol.

Desse programa de trabalho fazem parte «várias gerações» de cenários climáticos regionais, uma avaliação do impacto das alterações climáticas nos recursos hídricos (estudo que custou 800 mil euros), uma avaliação do impacto na biodiversidade (300 mil euros), uma avaliação nas zonas costeiras e um programa de investigação.

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O embaixador britânico em Lisboa, Alexander Ellis, também deu a conhecer as principais medidas de adaptação do seu país.

«Quinhentos milhões de libras (cerca de 633 mil euros) são aplicados por ano nas cheias, na defesa costeira e em outras medidas ligadas às alterações climáticas», disse.

O embaixador, tal como outros participantes na conferência, defendeu a necessidade de envolver os privados e à sociedade civil na luta contra o aquecimento do planeta.

«O Estado não chega. É preciso a comunidade empresarial e a sociedade. Os governos não podem e não devem fazer tudo», concluiu.

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