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«Não sei se está viva ou morta»

Inspector da PJ diz que retrato-robot de alegado raptor não é divulgado porque lei não permite. E também para proteger família, que está afastada da investigação. PJ tem dados relevantes sobre desaparecimento. Interpol e Europol envolvidas nas buscas

A Polícia Judiciária anunciou esta segunda-feira à noite que as investigações sobre Madeleine MacCann «têm permitido a recolha de dados e informações que podem a vir revestir-se de relevante interesse». Numa nota lida à comunicação social, Olegário Sousa, inspector-chefe da PJ de Lisboa disse aos jornalistas que encheram uma sala da câmara de Portimão que, «neste momento», não é possível «acrescentar mais elementos de informações sobre os resultados».

O inspector-chefe referiu ainda que as «autoridades nacionais têm contado com a permanente colaboração das autoridades policiais estrangeiras congéneres e ainda a Interpol e da Europol».

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Numa busca «sem precendentes», o caso do desaparecimento de Madeleine, na passada quinta-feira, na Praia da Luz, em Lagos, tem recebido o empenho das autoridades na localização da criança britânica. Contudo, questionado pelos jornalistas sobre se tem esperança em recuperar a menina com vida, Olegário Sousa afirmou que não tem «factos que possam indicar se está viva ou morta».

Apesar de inicialmente a PJ ter preparada uma nota para ler aos jornalistas - em português e em inglês - acabou por responder a algumas perguntas, mas, às muitas dúvidas dos media, o investigador respondeu com impedimentos legais e a «necessidade de proteger a vítima e o desenrolar das investigações».

Essa foi, aliás, a justificação para o retrato-robot do alegado raptor não ser divulgado ao público: «a lei portuguesa não o permite». Mais: o inspector-chefe da PJ de Lisboa acredita que essa divulgação poderia atrapalhar as investigações e que é necessário, por outro lado, proteger as vítimas. Sem explicar o que refere por «vítimas», é de inferir que se trate da família.

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A PJ, que surgiu na conferência ladeada por um representante da GNR, PSP e Protecção Civil, assume que não há resgate, por isso irá continuar a «investigar o desaparecimento de uma criança», que poderá ser ou não um rapto. O que o inspector-chefe da Judiciária acredita é que «este é um desaparecimento em circunstâncias por esclarecer. Todos os cenários são possíveis, mas estamos a investigar um desaparecimento, não sendo de descartar a hipótese de rapto».

Contudo, o investigador frisou que «foram recolhidos dados importantes, que podem revestir-se de grande interesse para a investigação», «diligências em curso e seus resultados».

Família está afastada da investigação

Para provar que «não pode divulgar informações porque a lei portuguesa não permite», este responsável explicou que até a «família está afastada da investigação».

Questionado pelos jornalistas britânicos sobre se a polícia fez tudo o que podia para encontrar a crianças nas primeiras 12 horas após o desaparecimento, o investigador garantiu que tudo foi feito e que está a ser levada a cabo «uma acção sem precedentes».

Na hipótese de rapto, e de a criança ter sido levada para fora do país nas primeiras horas a seguir ao sequestro, o inspector referiu que está em contacto com as autoridades estrangeiras, como Espanha e o Reino Unido, e lembrou que o acordo de Schengen permite um controlo limitado das fronteiras.

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