A crise política em Portugal já tem data marcada. Na próxima quarta-feira o PEC 4 vai a debate no Parlamento e o PSD já garantiu que o vai chumbar, juntando-se neste voto contra os restantes partidos da oposição.
Esta terça-feira à noite, José Sócrates diz que chumbar o PEC criará «uma crise política» que levará a «eleições antecipadas» e a entrada do FMI em Portugal.
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Esta manhã, o ministro Teixeira dos Santos voltou a reforçar a «gravidade» de um chumbo do PEC, dizendo que empurra país para ajuda externa», mas o argumento parece não convencer o PSD.
Ainda antes da entrevista de José Sócrates, Passos Coelho afirmou: «Esta peça de teatro acaba aqui». «Ou o Governo faz o seu trabalho, ou deixa que outros o façam», disse. Esta tarde, no Parlamento, os sociais-democratas voltaram a dizer que não aprovarão as medidas de austeridade e o ministro Jorge Lacão acusou o PSD de querer criar «um filme de terror» em Portugal.
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Paulo Portas diz que «consulado socialista» está a chegar ao fim e propõe um Governo de «responsabilidade nacional» com o PS, PSD e CDS-PP.
O Presidente da República, que recebe Passos Coelho esta quinta-feira e reúne com Sócrates na sexta, mantém-se para já em silêncio sobre esta crise política.
Na segunda-feira Sócrates recebe os partidos com assento parlamentar, mas tudo indica que o primeiro-ministro chegue demissionário à cimeira europeia de dia 24, quinta-feira, anunciando aos outros líderes que não tem condições para levar a cabo as novas medidas de austeridade aplaudidas por Bruxelas e pelo BCE.
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