O assassino do Beatle John Lennon, Mark David Chapman, mostrou-se arrependido do crime que cometeu em 1980. Segundo a Associated Press, durante uma audiência de pedido de liberdade condicional realizada a 12 de Agosto, Chapman disse estar envergonhado por ter morto a tiro o músico inglês.
O homem de 53 anos afirmou que, ao longo dos anos, tomou consciência da gravidade dos seus actos e de como estes afectaram não só Lennon, mas também a sua mulher Yoko Ono, os seus filhos e todos os que conheciam de perto o Beatle.
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«Reconheço que aquele homem de 25 anos não tinha noção da vida que estava a tirar, que este era um ser humano», disse Chapman, referindo-se a ele próprio.
«Sinto que agora aos 53 anos compreendo melhor o que é a vida humana. Mudei muito», afirmou em sua defesa.
No entanto, as autoridades norte-americanas rejeitaram imediatamente o pedido de liberdade condicional, considerando que Chapman é um perigo público.
Esta foi a quinta vez que Mark David Chapman tentou ser libertado. O norte-americano está encarcerado há quase 28 anos na prisão de Attica (Nova Iorque) e vai ter que esperar até 2010 para poder fazer um novo pedido de liberdade condicional.
«Queria ser mais do que um Zé Ninguém»
Durante a audiência, Chapman reafirmou ainda a razão pela qual matou John Lennon: «Queria ser mais do que um Zé Ninguém e essa foi a minha razão na altura».
John Lennon morreu a 8 de Dezembro de 1980 à porta do seu apartamento em Manhattan. Chapman disparou cinco tiros à queima-roupa em frente de várias pessoas, incluindo a mulher de Lennon, Yoko Ono.
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