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The Strokes e Slash no fecho rock do SBSR 2011

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Festival recebeu 90 mil pessoas ao longo dos últimos três dias e, apesar da poeira, deverá continuar no Meco durante os próximos 10 anos

Ao terceiro e último dia do Super Bock Super Rock 2011, o rock voltou a dominar as atenções e o palco principal do festival encerrou este sábado com dois competentes concertos dos The Strokes e de Slash.

O ex-guitarrista dos Guns N' Roses voltou a apresentar em Portugal as canções do seu primeiro disco a solo e, tal como nos coliseus do Porto e de Lisboa em 2010, trouxe consigo Myles Kennedy, vocalista dos Alter Bridge que consegue emular os registos de Axl Rose e de Scott Weiland.

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«Slither», dos Velvet Revolver, e principalmente «Sweet Child O'Mine» e «Paradise City», dos Guns N' Roses, foram inevitavelmente os pontos altos de um concerto que vale mais pela recordação dos êxitos passados de Slash, figura icónica do hard rock dos anos 1990 que continua a pisar palcos de óculos escuros e cartola negra sobre a farta cabeleira encaracolada.

The Strokes eficazes, Casablancas distraído

Fã confesso de Slash (ele próprio o afirmou esta noite), Julian Casablancas regressou ao Super Bock Super Rock um ano após o concerto a solo no festival. Desta vez o vocalista dos Strokes não terá tido nenhuma indisposição (que na altura o levou a encurtar a sua actuação), mas Casablancas esteve distraído o suficiente para se enganar nas letras de algumas canções.

«Adoro os vossos cartazes, mas eles distraem-me», justificou a certa altura o músico, depois de mais um esquecimento em plena «You Only Live Once». De resto, o concerto foi pontuado por alguns problemas técnicos que originaram tempos mortos entre temas.

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Porém, a banda nova-iorquina soube aproveitar a adversidade para se lançar numa pequena improvisação impulsionada pelas palmas dos fãs. «Hoje é uma noite de coisas inéditas, nunca tínhamos feito uma jam em pleno concerto», gracejou Casablancas.

Em cerca de 70 minutos, os Strokes despacharam eficazmente 18 canções dos quatro álbuns editados. Do mais recente, «Angles», o single de apresentação «Undercover of Darkness» foi claramente o que melhor funcionou em palco, contando com um coro do público para acompanhar os gemidos das guitarras de Albert Hammond Jr e Nick Valensi.

E se o entusiasmo foi grande no momento de festejar temas mais antigos, como «Reptilia», «Last Night» e «Juicebox», a reacção final do público ao final de concerto sem encore foi bem diferente. «Take It Or Leave It» fechou a actuação sem grandes despedidas, o que gerou uma onda de assobios dos fãs que queriam mais algumas canções.

Os «desconhecidos» Elbow e o senhor The Killers

Neste capítulo final de SBSR 2011, os britânicos Elbow combateram o aparente desconhecimento do público pela sua discografia com uma dose farta de truques de «como levar uma plateia a fazer tudo o que lhe pedem». Brandon Flowers não teve o mesmo problema, mas também ficou claro que os fãs preferiram os temas dos Killers («Read My Mind» e «Mr. Brightside») à incursão a solo do músico norte-americano.

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Paus e X-Wife mostraram que o que é nacional é bom, e a última noite do festival contou ainda com as actuações de Ian Brown (o senhor Stone Roses), The Vaccines e dos Junip de José González.

Ronnie Wood andou pelo Meco

Quem não chegou a pisar o palco no Meco foi Ronnie Wood, guitarrista dos Rolling Stones que esteve no festival a convite de Slash, mas que preferiu ficar nos bastidores, longe dos olhares públicos.

«Festival sem pó é comida sem sal»

Sem datas ainda anunciadas, o Super Bock Super Rock regressará ao Meco em 2012, apesar das críticas à falta de condições do recinto, principalmente em relação à poeira. Em declarações à agência Lusa, Luís Montez, da Música no Coração, afirmou mesmo que «o pó vai continuar nos próximos dez anos».

«Festival de Verão sem pó é comida sem sal», completou o promotor. Segundo a organização, o SBSR 2011 recebeu 90 mil pessoas, esgotando a lotação nos três dias do evento.

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