Os comerciantes da baixa lisboeta entendem ter direito a uma indemnização pelo facto de terem visto os seus negócios prejudicados pelo longo encerramento do Túnel do Rossio.
Numa carta enviada ao ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, com conhecimento do primeiro-ministro, do presidente da autarquia alfacinha e dos grupos parlamentares, a União de Associações de Comércio e Serviços (UACS), que representa o comércio e os serviços da zona metropolitana de Lisboa, diz estar aberta a debater soluções.
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O pedido de indemnização surge com base no Relatório de Auditorias do Tribunal de Contas, segundo o qual «o impacto causado com o encerramento da Estação do Rossio a Outubro de 2004 até à presente data, causou um prejuízo de pelo menos 5 milhões de euros de perdas de facturação aos comerciantes da zona envolvente da Estação do Rossio, sem que a estes tenha sido dado qualquer apoio ou indemnização».
A UACS fundamenta ainda o pedido no facto de outros terem beneficiado de indemnizações. «Conforme demonstra o referido Relatório, a REFER estabeleceu protocolos com outras empresas, às quais se comprometeu a indemnizar, e que efectivamente cumpriu». Entre as empresas estão o Metropolitano de Lisboa, indemnizado por ter sido alternativa para o transporte da CP, a própria CP, pela perda de receitas, e finalmente a Carris, pelo encerramento do Elevador da Glória.
«Assim, e com base em critérios de equidade, os mesmos que serviram de base às empresas atrás descritas, deveria a REFER proceder à indemnização de todos os comerciantes da zona envolvente do Rossio uma vez que foram e são quem mais sofreu com toda esta situação pois, ao invés daquelas empresas, não tinham outra qualquer alternativa ou fonte de receita», refere a UACS.
Na carta, a União solicita a Mário Lino uma reunião «para que, conjuntamente, se possa chegar a um compromisso, sendo esta Associação a ponte de ligação entre os comerciantes e a REFER, de forma a que equitativamente se acorde um montante, justo, de indemnização por parte da REFER aos Comerciantes, ou em alternativa, a criação de Campanhas Publicitárias de divulgação da abertura ao público da Estação do Rossio, bem como de campanhas de fomento ao consumo na zona em questão, entre outras que poderemos debater», conclui a missiva.
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